No dia 13 de fevereiro faleceu nosso colega Mario González. Perdemos um grande companheiro, predicado que exige, nestes tempos de acirrado individualismo, recordar sua atuação no cotidiano da vida universitária para que não seja entendido como mero chavão. Em primeiro lugar, era companheiro dos alunos que iniciavam com ele, nas salas de aula de literatura espanhola, uma convivência de diálogo, de respeito, de prazer na fruição da leitura e dos problemas que ela suscita. Partilhava seu saber, sua biblioteca e, sobretudo, suas e nossas inquietações. Nossas dúvidas passavam a ser suas. Talvez por isso, levava-nos a descobrir a potencialidade intelectual da universidade.

Outra dimensão de seu companheirismo era decorrente de sua inserção na Universidade de São Paulo. Consciente de ser esta uma instituição pública cuja qualidade deveria vincular-se a uma gestão transparente e democrática, sua dedicação à vida institucional era irrestrita. Fez toda a carreira docente, assumindo representações ou cargos para os quais foi eleito. Empenhou-se sempre em viabilizar condições para fortalecer a excelência acadêmica e a fluência das nossas atividades, realizando tarefas muito diversas, como: o trabalhoso processo de criar a pós-graduação da área de Espanhol, a defesa de plenárias para gerir o departamento, os muitos ofícios para garantir a saída de emergência do prédio de Letras, ou, já depois da compulsória, a proposta apresentada pela FFLCH de mudança de relação da USP com seus aposentados que levou à recente regulamentação do Professor Senior. Tudo fazia sem disputar protagonismos.

Talvez, fora da FFLCH, Mario tenha se tornado muito conhecido por sua militância na Adusp, desde sua fundação, pois também entendia que a defesa da universidade pública deveria ser feita sobretudo por organizações e coletivos autônomos. Na primeira greve dos professores da USP, ele coordenou o grupo que criou e geriu o fundo de greve. Nas assembléias de maio de 1979, ganhou o nome de Mario Bangreve. E para além dos nossos muros, ele propôs, implementou, dirigiu e ajudou a manter outras entidades que permitiram a criação de outros laços de companheirismo: a Apeesp (Associação dos Professores de Espanhol do Estado de São Paulo), que agora completa 30 anos, e a ABH (Associação Brasileira de Hispanistas). Seu legado é muito maior que suas obras publicadas e será transmitido por seus muitos alunos que atuam na docência em diferentes cantos do Brasil e de outros países. E como escreveu uma colega da FFLCH, apesar da dor da perda de um companheiro, Mario diria: a luta continua.

Valeria De Marco - boletim da ADUSP

 

Em nome da Associação Brasileira de Hispanistas (ABH), queremos manifestar nossa tristeza pela perda de um importante membro. A ausência do Prof. Dr. Mario González, fundador e primeiro presidente da ABH, deixa um lugar vago nas pesquisas sobre a literatura espanhola, na luta pela democratização da universidade pública e na consolidação dos estudos hispânicos no Brasil. Sua determinação, disciplina e dedicação foram fundamentais para o avanço das reflexões sobre o que representa o hispanismo, para a difusão de um pensamento e um saber científicos acerca do espanhol e, principalmente, para a congregação de professores e pesquisadores brasileiros da área. Esperamos que seu exemplo nos estimule a continuar sua caminhada."

Associação Brasileira de Hispanistas - ABH

Diretoria da ABH

2012-2014

 

NB de ARL: Nos llegan noticias muy tristes del Brasil (favor de ver abajo los mensajes de los estimados colegas Ruben Daniel Castiglioni y Lygia R. V. Peres).  Mario Miguel González, de la Universidade de São Paulo y ex-presidente de la Associação Brasileira de Hispanistas, feneció anoche.  Siempre asocié la ABH con Miguel González, quien desde el principio me (nos) brindó su amistad, amabilidad y sonrisa a quienes veníamos de fuera y no éramos brasileños, pero que al salir del Brasil ya nos sentíamos brasileños en el alma.  En el último congreso de la ABH, celebrado en la linda ciudad de Salvador, Bahia, asistí a la última conferencia que diera el profesor González.  No me sorprendió su elocuencia y saber, su energía y entusiasmo; sí me fascinó ver lo obvio, que la sala estaba llena de estudiantes y colegas que respondíamos con admiración a sus palabras.  Se notaba el amor personal y académico en ese bello y, para mí, último simposio que diera el colega Mario.  Hoy será un día de dolor para muchos de nosotros, tanto en el Brasil como en el exterior. Curiosamente, nos enteramos de esta triste noticia hoy día, el día de San Valentín, conocido en varios países como el día de la amistad y el cariño.  Recordemos a Mario M. González hoy día con lágrimas y sonrisas: lágrimas por su pérdida; sonrisas por su amistad.  Que en paz descanse.

Robert Lauer

 

Estimado Robert Lauer: nós, aqui de Niterói, Rio de Janeiro, que fomos suas orientandas, nunca deixamos esmorecer a admiração por esse homem que apostou no Hispanismo Brasileiro. Minha homenagem ao querido orientador e amigo, professor Mario González, não poderia ser outra senão oferecer a todos os Hispanistas suas palavras sobre o primeiro congresso da ABH:

 

Le ha sido concedida la palabra al presidente de la ABH. Pero esta palabra pretende no ser solamente la del presidente, sino la de todos aquellos que desde hace tiempo alimentamos una esperanza: la de ver nacer el espacio donde reunir las plurales inquietudes que, por el hecho de volcarse hacia un mismo objeto - los estudios culturales sobre los pueblos de lengua española - nos identifican. Es la palabra de los que   investigamos el hispanismo desde las más diversas perspectivas y situaciones de hispanistas en Brasil. Con la palabra queremos traducir la alegría de haber soñado. Y más aún, la de haber despertado de ese sueño para ver que se hacía realidad mucho más allá de nuestras expectativas: el Primer Congreso Brasileño de Hispanistas reunió un número mucho mayor de estudiosos brasileños del hispanismo de lo que imaginábamos posible; y reveló en el promedio de los trabajos presentados una calidad por encima de lo que podía suponerse. Más aún, ese congreso parece haber sido claramente un punto de partida no solo por tratarse del primero de la serie que deseamos ver realizarse, sino por haber sido claramente un congreso donde predominó una masa juvenil, osada y alegre de estudiantes de posgrado, donde predominó el futuro, para satisfacción de aquellos a quienes nos correspondió ir desde el pasado plantando las semillas.

El congreso se cerró con broche de oro al crearse formalmente la Asociación Brasileña de Hispanistas, en una asamblea pautada por el debate, por divergencias que fue necesario aproximar, por el diálogo que llevó a la síntesis. Creemos que esa asamblea tuvo presentes las opciones que, al final de la principal sesión plenaria del congreso, propusimos como compendio de lo que en ella los oradores manifestaron: No a la exclusión, y sí al auténtico mestizaje. No a la exaltación puramente emocional y gratuita, y sí al distanciamiento crítico. No al realismo mágico de la crítica, y sí a la lectura crítica de nuestro verdadero realismo mágico. No a los nacionalismos reductores, y sí a las integraciones culturales. No a los esterotipos, y sí a la Historia. No a la reproducción, y sí a la creación de conocimiento y de saber. No a las síntesis simplificadoras y a las analogías reductoras, y sí a las comprobaciones objetivas. No al simple desarrollismo, y sí al humanismo que lleve al desarrollo. No a las imposiciones, sí a la libertad. Sí a las diferencias. Sí al diálogo.  El momento final de la asamblea llevó a la votación secreta que legitimó los nombres y las instituciones de quienes habíamos propuesto inicialmente la creación de la ABH, para que asumiésemos la nada fácil tarea de ponerla en marcha. Allá vamos y allá esperamos la colaboración de todos los hispanistas brasileños. Porque, como dijo João Cabral de Melo Neto, citado en traducción española en la mencionada sesión plenaria del congreso por Julio Rodríguez Puértolas,

«Un gallo solitario no teje la mañana;
siempre necesitará de algunos otros gallos
[ ... ]
para que la mañana, desde una tela tenue,
se vaya tejiendo entre todos los gallos».

13/10/2000

Mario M. González
Presidente de la Asociación Brasileña de Hispanistas

Suely Reis Pinheiro

Editora da Revista Hispanista 

 

Estimado amigo Robert, Es con mucho pesar que comunico el fallecimiento de nuestro querido profesor Dr. Mario Miguel González, de la Universidad de São Paulo, ocurrido anoche. El profesor Mario fue mi orientador en el doctorado. Estuvo siempre frente a las actividades hispánicas en Brasil. Muchos profesores, investigadores, actuantes hoy, fueron formados por él. Verdaderamente todos nosotros lo sentimos mucho. Te ruego, por favor, que lo comunique en tu lista.

Atentamente, Lygia, UFF

 

Queridos colegas,

nossa quarta feira de cinzas ficou ainda mais triste com a chegada desta notícia. O hispanismo brasileiro está órfão e nós perdemos um grande amigo.

Ao longo dos anos Mario nos ensinou muita coisa e, com ele, compartilhamos o sonho que se concretizou na fundação da ABH.

Guerreiro, brigão quando necessário, Mario inventou as deliciosas mesas quadradas após as mesas redondas de nossos congressos. Nelas fizemos amigos, discutimos política e acima de tudo nos tornamos pessoas melhores.

Neide e Fernanda aceitem o meu abraço amigo.

um beijo, Livia

 

Como disse meu amigo Antonio Esteves, os hispanistas estamos meio órfãos com a inesperada partida de nosso querido amigo e colega, o brilhante Mario M.González, grande professor de Literatura Espanhola e orientador firme e atento de tantos de nós. Fui uma de suas privilegiadas orientandas e também sua amiga.

Magnólia

 

Queridos amigos, até o momento eu não havia me manifestado sobre a morte de nosso querido Mario, embora tenha feito contato com Neide, expressando minha dor. Para os que não sabem, Mario foi meu orientador oficial (ou "desorientador", como ele gostava de falar), porque Valeria de Marco, com quem de fato dialoguei, ainda não podia assumir orientações de doutorado. Foi uma dobradinha fantástica, confirmando a relação acadêmica tão saudável que encontrei na USP naqueles anos em que estive por lá. De Mario vou guardar muitas lembranças, mas quero ressaltar o sua postura ética diante da vida, o que inclui, certamente, seu profissionalismo e sua preocupação social. Foi um privilégio ter convivido com sua inteligência, com sua capacidade de organização e até mesmo com sua conhecida teimosia, que não me deixou desistir de tantas batalhas que empreendemos juntos. Meu querido Mario foi um grande exemplo para mim, levando-me a segui-lo, como professora sobretudo, a ser coerente e a não desistir nunca. Se tudo isso ainda fosse pouco, não vou esquecer das agradáveis conversas em "mesas quadradas", metáfora que ficaremos devendo a ele. Certamente estamos todos muito mais pobres, mas felizes aqueles que tivemos a oportunidade de aprender com sua convivência. Um abraço a todos, em especial, para minha querida amiga Neide.

Marcia

 

Autor: Mario M. González
Editorial: Letraviva / FAPESP
Sao Paulo, 2010
Número de páginas: 478
ISBN: 978-85-88348-11-0

Libro de la semana

 

Leituras de Literatura Espanhola (da Idade Média ao século XVII), Mario M. González


Este es un libro de perfil inusual porque, aunque su título hace referencia a la producción literaria de una época, no es un libro de texto sobre la historia de la literatura española de un período determinado. Se trata de un curso de lecturas en movimientos sucesivos, desde un enfoque selectivo de obras literarias que se caracterizan por su singularidad y originalidad en la literatura española. Y este perfil es inseparable de la historia de su autor, el fallecido hispanista Mario Miguel González, profesor de Literatura Española de Universidad de Sao Paulo y primer presidente de la Asociación Brasileña de Hispanistas.

La obra es un valioso testimonio de una carrera docente y de investigación marcada por el compromiso, tanto con los estudiantes como con los colegas. Destaca su conocimiento enciclopédico de la literatura española, al que se suma el estudio de la obra literaria intrínseca, el análisis de sus relaciones con el contexto socio-cultural e histórico, su importancia en la producción literaria peninsular, así como su posible resonancia más allá de las fronteras. La obra ofrece, además, una extensa bibliografía en la que se apoyan sus puntos de vista, lo que permite un diálogo con otros textos. Dedicamos, por tanto, este espacio a la memoria de uno de los grandes maestros del hispanismo en Brasil.

Francisco Moreno-Fernández

 

Mi sentido pésame a la familia de Mario y a la gran familia de los hispanistas brasileños.

Que en paz descanse.

 

Víctor Ivanovici

Universidad “Aristóteles” de Salónica

 

Estimado amigo Robert:

Por esta vía quiero que lleguen a los colega de la Universidad de São Paulo, y especialmente a Neide González, mis más sinceras condolencias por el fallecimiento tan inesperado del profesor Mario M. González. Nos conocimos hace mucho ya y coincidimos en varios congresos. Durante años nos informamos reciprocamente de nuestras labores y las actividades de nuestras respectivas asociaciones de hispanistas. Gracias a su amable invitación estuve a comienzos de los noventa en la Universidad de São Paulo de profesora visitante. Pero a Mario no le debo solamente mi extraordinaria estancia en Brasil, sino también la amistad que me une hasta ahora con los colegas de la Universidad de São Paulo. Lamento muchísimo su desaparición.

 

Urszula Aszyk

Catedrática de la Universidad de Varsovia

 

Querido Robert:
Por tu conducto envío a los amigos hispanistas brasileños mis sinceras condolencias por el fallecimiento del profesor Mario M. González. Pude conocerlo en el gratísimo congreso organizado en 2009 en la Universidad Federal Fluminense de Niteroi por nuestra estimada colega Lygia Peres Viana. Posteriormente intercambianos mensajes y recibí su libro de historia de la literatura española. Lamento en verdad su desaparición y desde México, me solidarizo con la tristeza de Suely, Lygia y los hispanistas del Brasil.
Sinceramente.
Margarita Peña Muñoz
Facultad de Filosofía y Letras
UNAM, MÉXICO

 

Prezada Neide e família e colegas hispanistas,

 

Manifesto o meu pesar à família do prof Mario González e também reenvio a manifestação da minha colega Zilá Bernard.

 

Conheci o prof Mario desde o início da fundação da ABH e na FFLCH e tive a oportunidade de acompanhá-lo numa visita a San Juan/ República Argentina por ocasião do congresso da AAH. 

Ficará o seu exemplo como desbravador do hispanismo no Brasil.

 

Cordialmente, Rodrigo V Machado/UFPR 

 

Prezado Rodrigo

 

Manifesto meu mais profundo pesar pela perda de tão ilustre colega: sábio, ético e sempre bem humorado e cordial.

Transmita por favor à ABH e à familia de Mário González meus  sinceros pêsames. Perde-se um grande lutador pelo lugar das línguas e das literaturas estrangeiras nas Instituições de Ensino Superior Brasileiras.

 

Zilá Bernd - UFRGS/UNilasalle

Presidente da ABECAN

Associação Brasileira de Estudos Canadenses 

 

Pequena homenagem a Mario González

Como a APEESP divulgou, em 13 de fevereiro faleceu o Prof. Dr. Mario González, uma das pessoas mais importantes do hispanismo no Brasil, um dos fundadores e o primeiro presidente da APEESP. Atualmente era presidente do Conselho Consultivo da APEESP e também presidente da Comissão Científica de um evento que a APEESP realizará este ano (a ser divulgado em breve e que incluirá uma homenagem).

Não seria possível abarcar todos os âmbitos em que ele atuava, mas gostaria de compartilhar algumas palavras sobre o que pude acompanhar mais de perto. Muitos dos associados da APEESP, provavelmente a maioria, pôde conviver com o Professor Mario em diversos âmbitos, incluindo a Universidade de São Paulo, onde ele contribuiu na formação de muitas gerações de hispanistas, e a própria APEESP, em que era um dos participantes mais ativos e entusiasmados, independente de estar ou não em alguma função específica. Mario: era assim que ele preferia ser chamado, sem títulos ou sobrenomes, mais próximo de nós, todos com menos experiência.

O Mario contribuiu em inúmeras lutas em que defendemos o interesse da educação e do conjunto dos professores de espanhol, no nosso estado e no Brasil. Deixou muitos ensinamentos, não apenas na sala de aula, mas também em todos esses âmbitos, através do exemplo – como disse um colega na eledobrasil – de rigor, engajamento, sentido de responsabilidade e imensa capacidade de trabalho. Tinha muitos sonhos de uma educação melhor e de uma sociedade mais justa, compartilhava-os e atuava para realizá-los.Desejo aos seus, especialmente à Neide González, muita força nesse momento tão difícil.

Gustavo Garcia
Presidente da APEESP

 

Profa. Neide González e familiares: meus pêsames por tão grande perda.

Fica a certeza da significativa contribuição do prof. Mário para todos nós que trabalhamos com E/LE. Sempre recordaremos cada congresso quando o encontrávamos e logo saltava a palavra "hispanidad" pela identificação com tudo que se relacionava ao hispanismo. Um abraço desde Belém do Pará e que Deus conforte a cada um nesse momento de saudade.

Alba Lúcia.

 

Caros colegas:

Hoje os hispanistas brasileiros ficamos um pouco órfãos. Nos deixa aquele que foi um eminente hispanista brasileiro, um dos idealizadores e posteriormente fundadores da ABH. Tive a honra de tê-lo como professor, como orientador e como mestre. Devo minha formação a ele assim como também devo a ele a consciência da necessidade da constante luta em defesa do hispanismo brasileiro. Já como membro fundador da APEESP e seu primeiro presidente o Professor Mario M. González nos indicava a senda a ser seguida.

 

As palavras me faltam para expressar os sentimentos neste momento difícil. Espero que a luz divina possa iluminar seu caminho e ajudar aos seus familiares, em especial a Neide e a Fernanda, neste difícil transe.

Só me resta lembrar aquele triste verso de Federico García Lorca. Querido Mario, "Duerme, vuela, reposa: ¡También se muere el mar! "

Antonio R. Esteves

FCL-UNESP-Assis

 

O prof. Mario me acolheu num delicado momento de crise acadêmica, e foi fundamental no meu processo de tese. Considero-o meu orientador. Sinto-me profundamente enlutada com essa perda. Nós, hispanistas, estamos todos um pouco órfãos hoje. Foi-se uma de nossas mais importantes referências.

Um abraço consternado e solidário, queridas Neide e Fernanda!

Luciana

 

Caros colegas,
Estou muito triste com essa perda... O Mario foi meu orientador na graduação e no mestrado e, para mim, além de orientador era um amigo e um modelo de profissional e de ser humano.
Sinto-me um pouco órfã com a sua partida...
Meus sentimentos à Neide e à Fernanda neste momento tão difícil.
Katia Oliveira

 

Exprimo aqui meus pêsames a todos que tiveram uma relação pessoal com o Prof. Mario e, especialmente, à querida Neide, pela dor dessa perda que nos faz refletir sobre a nossa pequenez.

Um forte abraço,

Dayala

 

Queridos colegas,

 

consternado e imensamente triste com a notícia, quero deixar um abraço carinhoso para Neide e Fernanda e toda a minha solidariedade. Lamento muito não poder estar presente para dar o abraço pessoalmente neste momento tão triste. Os meus sentimentos também para os colegas da USP e para toda a grande família do hispanismo brasileiro. Fica na minha memória o exemplo de rigor e de engajamento do professor Mário González, o seu sentido da responsabilidade, a sua imensa capacidade para o trabalho. Eu o conheci pessoalmente há pouco tempo, mas fico para sempre marcado pelas conversas, pelos vinhos e os projetos compartilhados. Acredito firmemente no valor do exemplo. Aos que ficamos por aqui só nos resta tentar levar a vida com a mesma coragem e dignidade.

Xoán

 

Infelizmente, me deparo com mais essa notícia triste. Como vários colegas mencionaram, todos nós ficamos um pouco órfãos hoje.

Os seus ensinamentos ficaram para sempre. Embora a tristeza nos invada nesse momento, o Profº Mário continuará vivendo na lembrança e na saudade de cada um que teve o privilégio de conhecê-lo.

Muita força e coragem para a Profª Neide e Fernanda.

 

Meu abraço solidário

Ivani Cristina

 

Car@s, acabo de voltar de momentos muito dolorosos junto da família e dos colegas e amigos, aqui em São Paulo. Pouco poderia dizer que não tenha sido dito já por outros colegas, com mais conhecimento, sobre o que significa Mario González para a pesquisa e o ensino na nossa área, no país todo.

Nós, da USP, conhecemos também de perto outros aspectos nos quais foi um lutador incansável, especialmente por uma universidade a serviço de um país e de uma America Latina mais igualitários, em muitas ocasiões e com muitos modos de manifestar-se, que seria interminável referir aqui.

Sobre o fundador que todos conhecemos, creio que tudo que ele idealizou e deu os primeiros passos para construir tem uma coerência maravilhosa, que só pode resultar da paixão pelo conhecimento e de crer firmemente nas possibilidades de transformação. Essa união imprescindível abre caminhos como o que ele seguiu.

Abraços tristes, mas imensamente otimistas sobre tudo que Mario teve a felicidade de promover e encorajar.

Adrián

 

Também deixo expressadas aqui a minha admiração pelo professor Mario, pelo pesquisador e lutador que era, e a minha tristeza pela sua partida.

Deixo também meus pêsames à querida professora Neide e à sua família.

Andreia

 

Tal como estão manifestando outros colegas, quero mandar um abraço enorme a família do Professor Mário e especialmente à Neide González. Todos sabemos quanto vai supor esta perda para o Hispanismo no Brasil. Lamentavelmente, eu também não poderei estar hoje presente no velório do Mário, mas sei que a Neide compreenderá que, embora alguns estemos ausentes, os dois estarão sempre nos nossos pensamentos. O meu mais sentido pésame.
Secundino Vigón Artos

 

Caros,

Também acredito no valor do exemplo. Quero destacar o trabalho, o empenho, para concretizar os sonhos em que acreditava, de uma humanidade mais fraterna, mais justa e mais digna, sem relações de dominação.

Forte abraço! Gustavo

 

Una triste noticia para todos. Adios Mario.
Para Neide un grande abrazo y mis pésames.
Que la fuerza que siempre tuviste y tienes te acompañe en estos momentos tan difíciles.
Antonio L. Dormal

 

 Caros colegas,

Gostaria de expressar meu profundo pesar por esta notícia tão triste. E o meu reconhecimento à enorme generosidade de Neide e Mario como intelectuais, amigos, professores e colegas. Neide, a você e a Fernanda toda a solidariedade neste momento.

Paulo Antonio Pinheiro Correa / Universidade Federal Fluminense

 

Caros colegas

Me uno a la pena que embarga a la familia, especialmente a la Profa. Neide. Tuve la oportunidad de conocer al prof. Mario. Brasil pierde a un hombre que luchó por la lengua española y que nos dio un gran ejemplo como profesor.
Mis más sentidos pésames!!!

Gabriel Aguilar

UNICID

 

Neide, querida, quero somar minha solidaridade por essa perda, ainda
que parcial, do nosso Mario. Pois, acredito que ele viverá para sempre
nos seus inesquecíveis feitos e exemplos de vida e de
profissionalismo. Um grande beijo
Rosineide

 

Muita paz à querida Neide González e a toda sua família.

Atenciosamente,

Verônica Rangel Barreto

 

Querida Neide,

 

Também recebi a notícia com profundo pesar. Somo minhas forças e meu abraço fraterno às tantas manifestações de carinho e alento já enviadas.

Ariel

 

Queridas Neide e Fernanda,

é realmente uma notícia muito triste!!! O Mário é uma grande referência para todos nós e o Hispanismo está de luto!!!! Ele sempre será lembrado por todos nós!!!

Envio meu carinho e muita força para vocês!!!

Um grande abraço,

Wanda Sandes

 

Neide, querida,

Receba meu carinho e força neste momento tão difícil!
Um abraço fraterno,

Profa. Roseliane Saleme

 

Compartilho o sentimento de tristeza pela perda do prof. Prof. Mario González. Que Deus possa confortar o coração de Neide e Fernanda.
Luciana Mariano

 

Mi más sentido pésame a ELE do Brasil porque todos los que tenemos algo que ver con el hispanismo perdemos una figura clave no solo para el hispanismo brasileño sino universal. Y por supuesto, para su esposa Neide y el resto de la familia un fuerte abrazo en esta hora dura.

Profesor Miguel Ángel Valmaseda (ex asesor lingüístico de la Consejería de educación de la Embajada de España en Brasil)

 

Estimados compañeros:

Quiero hacerle llegar a Neide y a Fernanda mi solidaridad en estos momentos. Asimismo les envío el mensaje enviado por Miguel Ángel.

Un abrazo. Irene

 

À Neide e à Fernanda, todo o alento para superar a perda e a tristeza. Para muitos de nós, que como eu, o conhecemos como Prof. Mario ( no primeiro congresso em SP como aluna de graduação), vimos brilhantes conferências suas e, principalmente, acompanhamos todo o seu empenho nos primeiros esboços da Associação de Hispanistas, vai deixar saudades.

Aluna de graduação

 

Neide e Fernanda e colegas

Como pensar na falta que fará Mario?

Uma pessoa que marcou toda uma geração de professores e estudiosos das letras hispanicas, mesmo para os que não fomos seus alunos em sala de aula, pois aprendemos com ele pelos congressos e encontros Brasil afora.

Ele que sempre estava presente entre as mensagens que circulavam por aqui, com seus comentários críticos e ponderados, ensinando sempre. Ele que nunca recusava dispensar seu carinho e atenção aos jovens estudantes que o procuravam.

Assim lembro a atenção com que atendeu a um grupo de alunos da UFMG que me acompanhou ao XII Congresso de Professores de Espanhol na UFF, em 2011, quando disse a eles que iriam que conhecer uma pessoa essencial para os estudos hispânicos no Brasil.

Mário continua presente entre nós, sempre estará, nos seus corações e nos nossos.

Romulo

 

Queridos colegas

acabo de chegar em casa e ler esta tristíssima notícia! Querida Neide, orientadora e amiga, querida Fernanda, me solidarizo com a dor de vocês, gostaria de estar em São Paulo para poder abraçá-las neste momento de dor. Recebam meu carinho!

Sempre tive uma admiração pelo Mario, pelo seu trabalho sério, pelo exemplo que nos deu em perseguir sonhos, um deles a criação da Associação Brasileira de Hispanistas. Tive o prazer de conhecê-lo ainda na minha graduação na USP, além de um grande professor e pesquisador, um querido amigo. Com certeza, o hispanismo no Brasil está em luto

Raquel La Corte

 

Olá, colegas!

Sinto-me profundamente triste por esta grande perda. Também gostaria muito de estar em São Paulo e, ao menos, poder dar um abraço em nossa querida profa. Neide. Sem palavras...

Abraços, Jefferson

 

 Nunca tive contato pessoal ou próximo com o Prof. Mário.

Os únicos contatos que tive com ele eram através de suas importantes contribuições na lista e nas reuniões da ABH nos congressos de BH e Campo Grande.

 

Apesar de eu nao ser da área de Literatura e mesmo de muito longe, o Prof. Mário González contava com a minha profunda admiração pela sua brilhante e exemplar trajetória acadêmica.

 

Certamente, é uma grande perda para todos nós.

Deixo registrado meus profundos sentimentos.

 

Carlos Felipe

 

EDITORIAL

por Mario Miguel González

 

Decir qué es un hispanista resulta, sin duda, mucho más complicado de lo que los diccionarios habitualmente registran. El término latino Hispania nos remite, ciertamente, a los pueblos que habitaron y habitan la Península Ibérica. Pero, igualmente, a lo largo de la historia se vincularía más específicamente a los que se aglutinaron en la nación española y adoptaron como lengua oficial de esa nación el castellano. Por extensión, las nociones que puedan derivarse de ese término se extienden al ámbito de otros pueblos que, producto de la colonización española, tienen también el español como lengua oficial y de cultura. De ese modo, si un hispanista empieza por ser un estudioso del hispanismo, la extensión y las caracterizaciones de este último término pueden variar mucho y, de esa manera, introducir variantes en la noción de hispanista.

El hispanismo es, ante todo, una rama del saber. Dice con relación a la lengua, a la literatura, a la historia, a las artes y a la cultura en general de los pueblos aglutinados en España a lo largo de la historia y a aquellos que se configuraron como consecuencia de la acción colonizadora española. Pero la noción no puede quedar restringida a la cultura definida por la lengua oficial de España, ya que vascos, catalanes y gallegos pertenecen igualmente al dominio del hispanismo. De la misma manera, las culturas americanas autóctonas, subyacentes hoy a la cultura hispanoamericana, no podrían desvincularse del dominio de interés del hispanismo.

Entendemos que esa noción amplia, la menos restrictiva que se nos ocurre, es la más válida y la que permite la abertura del estudioso a los diversos aspectos del hispanismo, sin limitaciones que coloquen en la investigación fronteras que la realidad ignora.

De la misma manera, el término "hispanismo" carece en sí mismo de connotaciones ideológicas. Es una forma del saber. En ese sentido, cabría confrontarlo con la noción de "hispanidad". Esta última siempre estuvo de alguna manera vinculada a la idea de un conjunto de naciones a los que España - y su lengua, "compañera del imperio" - habría impuesto características culturales que los aglutinarían necesariamente en torno a los principios que presidieron la acción española de conquista en el siglo XVI. Especialmente en el siglo XX, determinado sector del pensamiento político español e hispanoamericano se sirvió de la noción de hispanidad y de los adjetivos "hispánico" e "hispánica", para intentar establecer la idea de una comunidad de naciones que se pautarían por principios ideológicos comunes; al vincularse esos principios a la acción española, quedaba implícita una cierta subordinación a una "madre patria".

Nada más ajeno, pues, al hispanismo que la hispanidad. Pero, tal vez, nada menos preciso que la noción de hispanista. La noción de un estudioso del hispanismo nace vinculada a una especificidad: se refiere, en un primer momento, a los extranjeros, a los no españoles que estudian la cultura de España. Así sucede cuando se crea en Oxford, en 1962, la Asociación Internacional de Hispanistas. Pero de la misma manera que esos estudios se abrirían después al campo de la cultura hispanoamericana, pasarían a integrar el grupo de los hispanistas, no sólo los españoles que radicados fuera de España estudiaban su cultura, sino los hispanoamericanos estudiosos de España o Hispanoamérica y los españoles que en España investigaban la cultura nacional o la hispanoamericana. De ese modo, creemos que hay por lo menos tres grupos de hispanistas que, necesariamente, guardan relaciones diferentes con el objeto de su estudio: los extranjeros, los españoles y los hispanoamericanos. Entendemos que, por una razón originaria, el término hispanista siempre guardará una relación más estrecha precisamente con los extranjeros que estudiamos la cultura de las naciones de lengua española. En ese grupo, cabe especial caracterización al hispanismo brasileño.

El Brasil se encuentra en una situación histórica peculiar con relación a los pueblos de habla española. Por un lado, lo hispánico, en un sentido más amplio, no le sería ajeno, en la medida en que la nación es producto de la acción colonizadora de un pueblo oriundo de la Lusitania que integró la Hispania de los romanos. Pero, por la misma razón, el Brasil está marcado por un distanciamiento con relación a lo castellano y a la cultura que, por el camino de esa lengua, habría de imponerse tanto en el resto de la Península Ibérica como en Hispanoamérica. O sea, actúan en el Brasil dos fuerzas opuestas: una que aproxima, por la contigüidad de Portugal y España, por el paralelismo de la acción colonizadora de estas naciones; y otra que separa, por la oposición histórica entre castellanos y portugueses y por las diferencias en el proceso colonizador. Dicha oposición castellano - portuguesa habría de redundar en una marcada rivalidad histórica entre hispanoamericanos y brasileños, reproductora de la oposición peninsular, pero fruto, ante todo, de la ignorancia mutua.

El hispanismo brasileño tendrá, de ese modo, una característica peculiar: al mismo tiempo que el Brasil presenta una proximidad a la cultura de los pueblos de lengua española, significa también un distanciamiento. Nos parece que ese juego de fuerzas opuestas es benéfico siempre que lo intelectual y racional de los estudios hispanísticos prevalezca, de tal modo que ni la proximidad lleve a oclusiones producidas por visiones idealizadoras ni el distanciamiento se traduzca en condenaciones apriorísticas. O sea, el hispanismo, en el Brasil, presenta condiciones excelentes para la investigación, pero exige que lo pasional, en contra o a favor, sea excluido.

No por casualidad asistimos hoy a una intensificación de los estudios hispanísticos en el Brasil. Sabemos lo mucho que ese desarrollo debe a la democracia, que tanto en la Península Ibérica como en Iberoamérica viene permitiendo el diálogo, por oposición al monólogo consagrado por las dictaduras. Fruto de ese diálogo es, por ejemplo, la interacción del Brasil con sus vecinos que ha producido como fruto más evidente la implantación del Mercosur, con todas las consecuencias culturales que conocemos. De allí a la necesidad de intensificar la investigación hispanística fue sólo un paso. Y eso produjo claramente la necesidad de que los investigadores del hispanismo nos nucleásemos y encontrásemos.

En ese sentido, la revista electrónica Hispanista se propone cumplir un importante papel. Al optar por los recursos tecnológicos de la realidad virtual, Hispanista pone al alcance de todo el mundo, dentro y fuera del Brasil, la posibilidad de un relacionamiento tan intenso como ágil. Y es de gran importancia que la revista haya nacido al mismo tiempo que la iniciativa de crear la Asociación Brasileña de Hispanistas en un primer congreso de la especialidad. El año 2000, sin duda, ha de quedar así marcado como un hito del hispanismo en el Brasil.

 

HISPANISTA - Vol I - no 4 - enero-febrero-marzo- 2001

 

volver a la Portada

Con emoción y cariño, Hispanista rinde homenaje al  Profesor Mario Miguel González con textos de su autoría y mensajes enviados por sus colegas y amigos en ocasión de su muerte.

Los textos, que expresan el pesar por la pérdida do profesor, están en su formato por entero enviados por los autores. 

Mario Gonzalez  

 

 

Mario Miguel González iniciou sua atividade docente na USP, como auxiliar de ensino, em 1968. Era professor de literatura espanhola no Departamento de Letras Modernas da FFLCH. Aposentou-se compulsoriamente como professor titular em 2007, mas continuava atuando na pós-graduação.