HISPANISTA - Vol X I- nº 44 - Enero - Febrero - Marzo de 2011
Revista eletrônica dos Hispanistas do Brasil - Fundada em abril de 2000
ISSN 1676-904X

Editora geral: Suely Reis Pinheiro
QUEM SOMOS
EDITORIAL
Vida&Poesia 

Javier Heraud: a poesia e a vida por um sonho

Manoel de Andrade   

 Os vinte e um anos da vida de Javier Heraud é parte da história da literatura política da América Latina nas décadas de 60-70, e que ainda está por ser escrita. Nessa memória, a poesia rebelde ocupa uma mágica galeria de mártires e sobreviventes, lembrando dezenas de poetas que empenharam suas vidas, seus sonhos e o encanto de suas metáforas para cantar a mística revolucionária pela lírica dimensão da poesia. Javier Heraud foi a poética expressão do espanto ao testemunhar sua esperança e sua angústia numa sociedade ambiciosa e cruel. O Peru era um país marcado pela mais descarada opressão e o desprezo por um povo indígena com o mais belo passado de glória do continente americano e que desde a conquista galga um longo calvário em seu destino.  Nascido em Lima, em 19 de janeiro de 1942, conheceu na juventude uma pátria convulsionada pelo domínio estrangeiro sobre as comunidades quéchuas dos Andes Centrais, pelas mais perversas práticas de servidão no trabalho agrícola, e por uma infindável injustiça, cuja impunidade precipitava a nação num perigoso abismo social. Neste artigo, o poeta Manoel de Andrade, relata os fatos que o levou a conhecer em 1969, no Perú, a memória libertária de Javier Heraud, descrevendo o ambiente de encanto em que viveu a juventude no bairro de Miraflores, os caminhos que o levaram à opção pela luta armada e a sua morte em combate,  em Porto Maldonado.

CRIAÇÂO   

 

A gênese do pícaro moderno

              Adelto Gonçalves

 Leituras de Literatura Espanhola (da Idade Média ao século XVII), de Mario Miguel González (São Paulo, Letraviva, 2010), é a reunião de  21 estudos que discutem como se comportaram os antecessores da vanguarda literária hispânica, abarcando desde a poesia lírica e a prosa da Idade Média, o Amadís de Gaula e as novelas de cavalaria, a poesia do frei Juan de la Cruz (1542-1591), Lope de Vega (1562-1635) e o teatro nacional espanhol, Tirso de Molina (1571?-1648) e a criação de Don Juan, o barroco espanhool, até o romance picaresco que não se esgota em Lazarillo de Tormes, e sim continua em Guzmán de Alfarache, de Mateo Aleman (1547-1615?), e El Buscón, de Quevedo (1580-1645).

ESTUDOS LITERÁRIOS   

Macedonio Fernández, a dilação como arte

Alfredo Cordiviola

Este ensaio analisa a obra do autor argentino Macedonio Fernández. Partindo de alguns contos, como “El zapallo que se hizo cosmos” e “Cirugía psíquica de extirpación”, e do romance Museo de la novela de la eterna, focalizamos alguns aspectos marcantes na obra do autor, como a anulação da morte, a reversibilidade do tempo, a eternidade do instante, e as continuidades do espaço. 

 

 El sentido de la memoria en el proyecto benetiano

        Adriana Minardi

No presente trabalho se busca debater algumas noções básicas em torno da discussão memoria/História na Espanha depois da morte de Franco a partir das pouco valorizadas e estudadas contribuições ensaísticas do escritor Juan Benet. Conceitos problemáticos como o de lugares de memória, memória histórica e memória coletiva voltam a ser discutidos sobre a trama social da temporalidade do contemporâneo.

O contexto histórico-literário das obras de Diego de San Pedro

Ricardo Hiroyuki Shibata

 A proposta deste artigo é investigar o contexto histórico em que aparecem as novelas sentimentais de Diego de San Pedro, uma das figuras mais importantes da Literatura Espanhola do século XV.

 

 

 

 

Tras los pasos de lo maravilloso

 Ana Barandela

A literatura latino-americana apresentou, a partir do século XX, elementos mágicos que descreviam a maravilha da realidade americana e que permitiram classificar essas obras em representantes do realismo mágico ou do real maravilhoso. Neste trabalho discuto essas duas categorias literárias segundo os conceitos propostos por Chiampi, Esteves e Figueiredo, Llarena, Lukavská e Menton.o pensamento de sua época, evidenciando a alteridade que o perspectivismo do mundo moderno lhe permitia fazer.

WEBLÍNGUA

 Artimaña, Bazofia, Ego

Alexis Márquez Rodríguez 

O autor apresenta uma série de pequenos artigos em que estuda elementos da linguagem. 

 
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