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Manoel de Andrade, o poeta que escreveu para toda a América Latina

Nome do Autor:                Julio Daio Borges

juliodaioborges@gmail.com

Palavras-chave:       Poeta brasileiro – América Latina - esquecido pela pátria

Currículo: Julio Daio Borges nasceu em São Paulo 1974. Formado em Engenharia da Computação  FUVEST,  começou sua carreira jornalística em 1997 com artigos comentados pelo colunista Luís Nassif na Folha de São Paulo. Em 1998 começa a escrever na Internet como colunista independente e no ano seguinte funda seu próprio site. Em 2000 esboça a newsletter que se transformou na prestigiosa revista eletrônica Digestivo Cultural, com postagens diárias sobre arte e literatura, supervisão de colunistas, ensaios e comentários e publicação mensal de colunas e entrevistas. Julio Daio Borges mantém a coluna bimestral “Letras e Números”, na revista GV-executivo da FGV-SP e desde janeiro de 2009 tem uma coluna no abrangente  site Operamundi-net. Já publicou: no "Caderno2" e no "Link", de O Estado de S. Paulo; no caderno "Prosa & Verso", do jornal O Globo; no "Caderno Fim de Semana", da Gazeta Mercantil; no Suplemento Literário de Minas Gerais; no jornal Rascunho; e no Observatório da Imprensa, de Alberto Dines.

Resumo: No início da década de 70 um poeta brasileiro, fugindo da ditadura em seu país, percorre  toda a América Latina escrevendo e lendo seus poemas  “num auto-exílio de provação e, ao mesmo tempo, de consagração”, como afirma Julio Daio Borges, editor e fundador do Digestivo Cultural, em seu artigo sobre o poeta Manoel de Andrade para o site Opera Mundi.  Comentando seu livro “Poemas para a Liberdade”, lançado em edição bilingue pela Editora Escrituras, em 2009, Julio Daio ressalta a importância histórica de seus poemas naqueles anos de chumbo no Brasil e seu despojamento pessoal ao publicar no anonimato parte de sua poesia política.  Ao assinalar o caráter profético de alguns poemas, aproxima sua linguagem com  “antecessores consagrados, como Fernando Pessoa” e “traçando paralelos com o universal Che Guevara”, ao citar o perfil militante dos seus versos. Enfatiza a diferença entre o engajamento político de uma época e a ausência atual de compromisso como um abismo formal no fenômeno cultural.  Destaca que a principal tragédia do poeta não foram as prisões, perseguições e ameaças de morte, mas seu esquecimento literário e o distanciamento de 40 anos desde seu primeiro livro, publicado em várias edições ao longo do continente. Recomenda sua leitura, sobretudo “como uma realização, legitimamente autoral, que transcendeu as fronteiras e alcançou o que muitas obras não alcançaram”. Ao reflexionar sobre a ausência da consciência histórica na atualidade, Julio Daio lamenta a crise de proposições que possam mudar o mundo, mas fala dos “Poemas para a Liberdade” como uma referência para sublimar a imagem da nacionalidade no íntimo contexto de uma (desejável) cidadania latino-americana.

Resumen: En el comienzo de la década de 70  un poeta brasilero, huyendo de la dictadura en su país, percurrió toda la América Latina escribiendo y leyendo  sus poemas "en un autoexílio de infortunio y, al mismo tiempo, de consagración", como afirma Julio Daio Borges, editor y fundador del Digestivo Cultural, en su artículo sobre el poeta Manoel de Andrade para el sitio electrónico Opera Mundi. Al comentar  su libro "Poemas para la libertad", lanzado en edición bilingüe por  Escrituras Editora en el 2009, Julio Daio resalta la importancia histórica de sus poemas en aquellos años  de plomo  en Brasil y su modestia personal, publicando en el anonimato  parte de su poesía política. Al señalar el carácter profético de algunos poemas, aproxima  su lenguaje con "predecesores reconocidos como Fernando Pessoa" y "trazando paralelos con el universal  Che Guevara",  al citar  el perfil  militante de sus versos. Subraya la diferencia entre el compromiso político de una época  y la falta de ello en la actualidad como un abismo formal en el fenómeno cultural. Destaca que la principal tragedia del poeta no fueron las detenciones, persecuciones  y amenazas de muerte, pero su  olvido literario y el distanciamiento de 40 años desde su primer libro, publicado en varias ediciones en todo el continente. Recomenda su lectura,  sobretodo "como uma realización legítima del autor, que trasciendió las fronteras y alcanzó lo que muchos libros no  han logrado. Al reflexionar sobre la falta de conciencia histórica en la actualidad, Julio Daio lamenta la crisis de  proposiciones que puedan cambiar el mundo, pero habla de "Poemas para la libertad" como  una referencia para sublimar la imagen de la nacionalidad en el  íntimo contexto de una (deseable)  ciudadanía latinoamericana.                     

Home-page: http://www.digestivocultural.com

Sobre o texto:
Texto inserido na revista Hispanista no 40

Informações bibliográficas:  Borges, Julio Daio. Manoel de Andrade, o poeta que escreveu para toda a América Latina. In: Hispanista, n. 40 [Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo301.htm

 

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