Currículo: Nascida
na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, licenciada em Letras Neolatinas
pela Universidade Federal Fluminense - UFF, doutora em Literaturas
Espanhola e Hispano-Americana, pela Universidade de São Paulo - USP.
Mestre em Língua Espanhola e Literaturas Hispânicas, pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Linha de pesquisa: Literatura e outras
linguagens, com enfoque na Literatura Picaresca e na Paródia.
Pesquisadora com vários trabalhos publicados no Brasil e no exterior.
Fazem parte do seu objeto de pesquisa, além do autor Manuel Scorza,
personagens de cinema, dentre os quais, Carlitos e Cantinflas.
Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense e diretora do
website Hispanista. Editora da revista trimestral Hispanista, a primeira
revista virtual dos hispanistas do Brasil, avaliada pelo Qualis com B1.
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Resumo:
O trabalho faz apelo aos estudos de
Michelle Perrot para definir Cora Coralina como mulher que soube se
impor no cenário intelectual nacional, desestruturando, como escritora,
os espaços sociais, culturais e políticos pertencentes aos homens.
Mostra uma poetisa que, sem sair do espaço privado, avança para o espaço
público, afastando fronteiras limítrofes entre os sexos, burlando o
discurso paradigmático dos homens. O artigo define a construção de uma
obra que abre brechas para falar de temas até então proibitivos para o
discurso feminino, na preconceituosa sociedade de fins do XIX e começo
do século XX. Escritora do interior do Brasil, em meio a quitutes e
filhos, se livra da discriminação sócio-cultural e se inova na astuciosa
verbalidade de poetisa, contando, com seu discurso feminino e
sinestésico, pleno de cor, de cheiro e de imagem da terra natal, fatos
do cotidiano. Encarna, ela, pois, segundo livro de Clarissa Pinkola
Estés, o arquétipo de Mulher Selvagem, como mulher que corre com lobos
na luta de resistência social à exclusão.
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Resumen:
El trabajo hace un llamado a
los estudios de Michelle Perrot para definir Cora Coralina como mujer
que supo se imponer en el escenario intelectual, desestructurando, como
escritora, los espacios sociales, culturales y políticos pertenecientes
a los hombres. Muestra una poetisa que, sin salir del espacio privado,
avanza hacia el espacio público, alejando fronteras limítrofes entre los
sexos, burlando el discurso paradigmático de los hombres. Define, aun,
una obra que abre brechas para hablar de temática prohibitiva para el
discurso femenino, en la sociedad llena de prejuicio del XIX y
principios del XX. En medio a manjares e hijos, se liberta de la
discriminación sociocultural y se inserta en la astuciosa verbalidad
contando, con su discurso sinestésico, lleno de color, olor e imagen de
la tierra natal, hechos del cotidiano. Encarna, ella, pues, según
Clarissa Pinkola Estés, el arquetipo de la Mujer Salvaje que corre con
lobos en la resistencia social a la exclusión.
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