quixotemarca.jpg (3492 bytes)

ARTIGO ON LINE

  

 

 

 

 

 

 

      745                     Por que cantamos                             

Nome do Autor:  Manuel de Andrade

                manoelandrade2004@hotmail.com

Palavras-chave:  Balas perdidas – bandeira solitária - pacto com a beleza

Currículo: Manoel de Andrade nasceu em Rio Negrinho, S.C. Na juventude radicou-se em Curitiba, formando-se em Direito. Procurado pela Ditadura pela panfletagem dos seus poemas fugiu do Brasil em 69. Percorreu 16 países da América, dizendo seus versos, dando palestras e promovendo debates sobre a importância política da arte e da literatura. Expulso da Bolívia em 69, preso e expulso do Peru e da Colômbia em 70, seu primeiro livro, Poemas para la libertad, foi publicado em La Paz, em 70, e reeditado na Colômbia, EE.UU. e Equador. Publicou também Canción de amor a la América y otros poemas, em 71, na Nicarágua e em El Salvador. Com Mário Benedetti, Juan Gelman, Jaime Sabines e outros grandes poetas do Continente, participou da importante coletânia Poesía Latinoamericana – Antología Bilíngüe, Epsylon, Bogotá,1998 e da antologia Próximas Palavras, Quem de Direito, Curitiba, 2002. Afastado da literatura por 30 anos, seu primeiro livro lançado no Brasil, Cantares, foi publicado pela Escrituras, em 2007.  Depois de 40 anos, seu livro Poemas para a liberdade , foi finalmente editado  no Brasil em 2009, em edição bilíngue, pela Escrituras,  e apresentado, em 2010, na 9ª Jornadas Andinas de Literatura Latinoamericana, pela Doutora em Literaturas Espanhola e Hispano-Americana Suely Reis Pinheiro. Em 2014 lança Nos rastros da utopia: Uma memória crítica da América Latina nos anos 70, onde relata, ao longo de 900 páginas, as venturas e desventuras, na sua fantástica peregrinação pelo continente. Em 2018 publica As palavras no espelho: ensaios, poemas, artigos, entrevistas, comentários e resenhas.

Resumo: O poema retrata o imperecível significado da vida ante um mundo cada vez desumano e cruel. É um lírico gesto de resistência ante a violência que, dia a dia, vai sitiando nossos passos, onde as balas perdidas riscam os ares ameaçando a esperança e disputando o espaço com as aves do céu. Os versos registram um tempo de inquietudes e pressentimentos, mas também a certeza de que “o pânico não retardará a primavera”. Reitera em cada estrofe a crença inabalável nas leis superiores que comandam a vida e canta que somente de mãos dadas poderemos preservar a condição humana. É o deslumbramento pelo encanto de cantar, conjugado no verbo venturoso da esperança. O poema é um testemunho do impasse que a todos nos toca viver, e o consolo de que “toda essa dor desaguará um dia”. Que a paz é uma bandeira solitária a espera de um punho inumerável. Enfim é um mágico pacto com a beleza e com o território do sonho onde a poesia sempre viverá para dizer porque os poetas cantam.  

Resumen:  El poema retrata el sentido imperecedero de la vida frente a un mundo cada vez más inhumano y cruel. Es un gesto lírico de resistencia ante la violencia que, día tras día, asedia nuestros pasos, donde las balas perdidas surcan el aire, amenazando la esperanza y compitiendo por el espacio con los pájaros del cielo. Los versos registran un tiempo de inquietud y presentimiento, pero también de la certeza de que “el pánico no retrasará la primavera”. En cada estrofa reitera su creencia inquebrantable en las leyes superiores que rigen la vida y canta que solamente de manos dadas podremos preservar la condición humana. Es el deslumbramiento por el encanto de cantar, conjugado en el verbo dichoso de la esperanza. El poema es un testimonio del impasse que a todos nos toca vivir y el consuelo de que “todo este dolor terminará algún día”. Que la paz es una bandera solitaria esperando un puño innumerable. Es, sobretodo, un mágico pacto con la belleza y con el territorio del sueño dónde la poesía  siempre vivirá  para decir por qué los poetas cantan.

Home-page: não disponível

Sobre o texto: Texto inserido na revista Hispanista no 97

Informações bibliográficas: Andrade, Manoel de. Porque cantamos. In: Hispanista n.97 [Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo745 .htm  

 

 

marcador1.gif (1653 bytes)