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Escritura feminina e projetos civilizatórios segundo Mercedes Cabello de Carbonera |
| Nome do Autor: Claudia Luna | ||
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Palavras chave: Escritura feminina – século XIX – projetos civilizatórios | ||
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Currículo:
Cláudia Luna é
Professor Adjunto IV de Literaturas Hispano-americanas do Programa de
Pós-graduação em Letras Neolatinas da UFRJ. Chefia o Diretório de Pesquisa
MAR (Modernidade-Alteridade-Representação), registrado no CNPQ,
coordenando o Projeto “Heterogeneidade discursiva e conflitos
interculturais: representações da alteridade e imaginários nacionais na
literatura hispano-americana”. Participa do GT Mulher e Literatura, da
ANPOLL, e é membro do Conselho Editorial das Revistas ALEA e
América Hispânica. Tem trabalhos publicados em livros e revistas
especializadas, no Brasil e no exterior. Integrou a diretoria da
Associação Brasileira de Hispanistas (gestão 2004-2006) como Primeira
Secretária. | ||
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Resumo: O campo intelectual hispano-americano, no século XIX, terá como prioridade estabelecer e executar projetos de modernização que, na maior parte das vezes, consideram ponto pacífico a implementação de processos civilizatórios, dentro do ideário liberal, perpetuando desigualdades de raça, gênero e cultura. Na contramão deste cenário, surge um grupo de letradas – escritoras, jornalistas, educadoras -, cujas vozes se impõem, especialmente na segunda metade do século, articulando um discurso contra-hegemônico, em que os sentidos se invertem e se fazem ouvir outros reclamos. Dentre elas está a peruana Mercedes Cabello de Carbonera, que, em 1874 publicará uma série de cinco artigos, no jornal limenho El mundo, opinando sobre a “Influencia de la mujer en la civilización”. A proposta deste breve trabalho é tecer comentários gerais sobre as propostas da autora, sua paulatina constituição como sujeito, seu desafio ao campo de poder e a repercussão gerada por sua atividade. Sua revelância reside na necessidade de recuperar o passado em sua complexidade, de modo a reorganizar os saberes estabelecidos a propósito do cenário intelectual latino-americano. | ||
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Resumen: La prioridad del campo intelectual hispanoamericano, en el siglo XIX, será plantear y poner en práctica proyectos de modernización que, generalmente, tienen como prioridad la implementación de procesos civilizatorios, bajo el ideario del liberalismo, manteniendo las desigualdades de raza, género y cultura de nuestras sociedades. En la contramano de ese proceso, surge un grupo de letradas –escritoras, periodistas, educardoras- cuyas voces se imponen, especialmente en la segunda mitad del diecinueve, articulando un discurso contrahegemónico que permite la divulgación de reivindicaciones de estas minorías. Una de estas voces es la Mercedes Cabello de Carbonera, escritora peruana que, en 1874, publicará cinco artículos en el diario limeño El mundo, discutiendo la “Influencia de la mujer en la civilización”. La propuesta de este breve trabajo es tejer comentarios generales sobre las propuestas de la autora, su paulatina construcción como sujeto del discurso, su desafío al campo del poder y la repercusión que genera su labor intelectual. Creemos que la relevancia de este breve texto reside en el intento recuperar parte del pasado en su complejidad, para reorganizar los saberes establecidos respeto al escenario intelectual latinoamericano. | ||
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