A palavra do presidente da ABH |
Foi dada a palavra ao presidente da ABH. Estas palavras, no entanto, pretendem não ser apenas do presidente, porém de todos aqueles que, há tempo, alimentamos uma esperança: a de ver nascer o espaço onde reunirmos as plurais inquietações | |
que
nos identificam pelo fato de se voltarem para um mesmo objeto, isto é,
os estudos culturais sobre os povos de língua espanhola. É a palavra
dos que pesquisamos o hispanismo a partir das mais diversas perspectivas
e situações de hispanistas no Brasil.
Com a palavra queremos traduzir a alegria de ter sonhado. E, mais ainda, a alegria de termos acordado do nosso sonho para ver que ele se fazia realidade muito além das nossas expectativas: o Primeiro Congresso Brasileiro de Hispanistas reuniu um número de estudiosos brasileiros do hispanismo muito superior àquilo que imaginávamos ser possível; e revelou, na média dos trabalhos apresentados, uma qualidade acima do que podíamos supor. Mais ainda, esse congresso parece ter sido claramente um ponto de partida, não apenas por tratar-se do primeiro de uma série que desejamos ver realizar-se, mas também por ter sido claramente um congresso onde predominou a massa juvenil, ousada e alegre, dos estudantes de pós-graduação, onde predominou o futuro, para satisfação daqueles aos quais correspondeu ir plantando as sementes a partir do passado. O congresso foi encerrado com fecho de ouro ao ser criada a Associação Brasileira de Hispanistas, numa assembléia pautada pelo debate, pelas divergências que foi necessário aproximar, pelo diálogo que levou à síntese. Acreditamos que essa assembléia levou em conta as opções que, no final da principal sessão plenária do congresso, propussemos como resumo do que nela os palestrantes, nossos convidados, manifestaram: |
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O
momento final da assembléia levou à votação secreta que legitimou os
nomes e as instituições daqueles que propuséramos inicialmente a criação
da ABH, para que assumíssemos a nada fácil tarefa de colocá-la em
andamento. Para lá vamos e lá esperamos a colaboração de todos os
hispanistas brasileiros. Porque, segundo disse João Cabral de Melo Neto,
citado na mencionada sessão plenária por Julio Rodríguez Puértolas, em
tradução ao espanhol,
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