Editorial
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Ainda
sob as bênçãos da Santa Semana, o portal Hispanista, que completa
neste mês de abril, dois anos de existência, novamente vem ilustrado
com uma obra do escultor barroco mineiro, Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho -
Cristo na Cruz.
A lição de ousadia
do mestre escultor brasileiro, com sua perfeição de detalhes, nos
incentiva a seguir na busca do aprimoramento do nosso trabalho, A
revista Hispanista que, por seus conteúdos considerados interessantes
pela comunidade de educadores, já havia sido indexada por Equipo
masEducativa, de Granada, ganha o prêmio Ox, concedido às páginas da
Internet que difundem o espanhol. Portanto,
com muito orgulho oferecemos o número 9 do volume II, que conta com a
colaboração de 8 autores, a saber: dois do Brasil, dois da Argentina,
um da Colômbia, um da Grécia e dois da Espanha. Na
seção Criação apresentamos Das
Rias ao Mar Oceano, do premiado poeta brasileiro, Reynaldo Valinho
Alvarez, que reúne poemas de inspiração galaica, relacionados com os
lugares, as pessoas, a história, a poesia e a cultura do universo ibérico.
Em
Estudos Lingüísticos, a professora María-Zoí
Fountopoulou apresenta no
seu importantíssimo artigo La Enseñanza del Idioma Español a
Griegos – Fundamento Teórico y Práctica Didáctica, os elementos
que ajudam o professor do idioma espanhol no ensino da língua a
estudantes gregos e propõe uma forma para a exploração desses
elementos na práxis didática. |
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O
afamado professor e escritor argentino, muitas vezes premiado, José
Andrés Rivas, apresenta estratégias narrativas de Álvar Núñez
Cabeza de Vaca em seu Naufragios e as Cartas de Hernán
Cortés. Analisa, ele, a posição de Abel Posse e s relações com
conto de Jorge Luis Borges. Asim se lê em El Último Viaje de Álvar
Núñez. O
ilustre professor da Universidad Complutense de Madrid, Miguel
Herrero Uceda, nos recorda Antonio Machado com seu texto Los Árboles,
Espejo del Alma de un Poeta, não só com suas visões da
paisagem castelhana, seus anseios,
esperanzas e tristeza, mas, sobretudo, a dor marcada em Campos
de Castilla, ampliado para encerrar em um livro de poesias, a
parte mais valiosa da vida do poeta, ciclo de vida y morte, intensamente
vivido, em terras de Soria. O belo texto Vasquez y el Arte de su Tiempo, com o qual nos brinda o colombiano Yobenj Aucardo Chicangana Bayona, doutorando em História Social, privilegia a vida do pintor Neogranadino nascido em Santafé de Bogotá, Gregorio Vásquez de Arce y Ceballos (1638-1711) e seu contexto artístico, mostrando os elementos mais relevantes da vida cultural colonial e hispânica, na segunda metade do século XVII. Com
o título Introdución a la "Poesía de Ruínas" en el
Barroco Español, o filólogo barcelonês Jorge Pardo Pastor,
doutorando em Literatura Espanhola Medieval e dos Séculos de Ouro,
apresenta seu instigante trabalho que encaminha o olhar do leitor para
onde se fundem os desígnios e a desesperação de um poeta. Finalmente, El “foragido sentimental” y el “libro insigne” (Algunas precisiones sobre Borges y el Martín Fierro) é o polêmico artigo de autoria do professor, tradutor, contista e romancista, o argentino Fernando Sorrentino que coloca em discussão a posição de Borges diante do Martín Fierro. Agradecemos
aos que colaboraram neste número e aos 20.400 visitantes que têm
acompanhado nosso trabalho. Assim, iluminados por esta obra de rara
beleza plástica, absorvamos o gestual do Cristo crucificado todas as
lições de humildade que emanam de sua figura - cabeça baixa e olhos
cerrados - para dizer a todos que sejam muito bem-vindos à Hispanista. Um grande abraço hispanista. Suely
Reis Pinheiro
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