Editorial |
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O número 12
da revista Hispanista oferece aos leitores textos de autores do Brasil,
dos Estados Unidos, da Espanha e do México. Na seção ESTUDOS LINGÜÍSTICOS,
o professor espanhol Juan Manuel Pedroviejo
Esteruelas, da Universidad de Valladolid, apresenta
interessante artigo que fala sobre a cortesia, entendida como um dos
elementos que regulam a atividade do indivíduo em uma sociedade. Assim se
lê em Tratamiento
y Honores. Começamos
a seção de ESTUDOS LITERÁRIOS, apresentando o texto do ilustre
professor A. Robert Lauer, da Universidad
de Michigan, EEUU, El
ritmo poético en los primeros sonetos renacentistas de Boscán y
Garcilaso,
estudo comparativo dos primeiros versos hendecassílabos
escritos em espanhol. A
renomada escritora e professora Denise Pini Rosalém da Fonseca, da
PUC, Rio de Janeiro, nos brinda com o belo trabalho Los Ecuadores
de la Chicha que nos conta sobre a pluralidade cultural
latino-americana através da culinária, mostrando que a alimentação é
a melhor evidência das fronteiras culturais. A
conhecida professora Léa
de Sousa Campos de Menezes,
da UFRJ e da UVA, Rio de Janeiro, ao analisar o filme Como
agua para chocolate; señas de identidad
ressalta
referencias históricas e cânones culturais, centrando seu olhar nos
elementos/componentes simbólicos/metafóricos do discurso, em que se
entrecruzam um fazer cinematográfico
e um fazer culinário. Importante colaboração nos chega
com Las mujeres de Adriano González León. La loca, la solterona, la querrillera: una vida de
marginación, da autora mexicana Lenina M.
Mendez, da Universidad
Veracruzana. Trata-se de um romance do autor venezuelano, País Portátil,
amargo recontar dos conflitos políticos da Venezuela, além de ser um
espelho fiel da situação da mulher latino-americana. Américas
do Sul
é o título do texto da grande pesquisadora mineira Maria Antonieta
Pereira, da UFMG. Aqui, a autora analisa as relações culturais entre
a América Portuguesa e a América Espanhola, afirmando que tais relações
se pautam por distanciamentos, preconceitos, diálogos e aproximações. Novo ano,
nova vida. No colorido
matizado da bela tela do pintor Monet, que ilustra nosso Portal, misturam-se o azul e o branco.
Na transparência
do branco e na referência à água, remete-se às cores de orixá
feminino Iemanjá, festejado no próximo mês, dois de fevereiro. Estamos
assim em meio a festas populares, sinônimo de alegria. Comecemos, pois, o
ano, com as bênçãos de todas as deusas da água. Que elas iluminem os
nossos caminhos. Axé para todos nós. Suely
Reis Pinheiro
Editora
da Revista Hispanista
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