Ave,
Maris Stella
Denise Fonseca
Um
estudo comparado das representações dos mitos de Iemanjá — a
mais conhecida das deusas nagô — e de Maria, com ênfase nos
conteúdos simbólicos dos nomes, números e cores que as identificam e
dos arquétipos femininos que elas encarnam, através da vida e da obra
da escritora Mollie Moore Davis, da Louisiana do século XIX.
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LAS
MASACRES EN LA NARRATIVA
LATINOAMERICANA
(Heterodoxia
discursiva)
Julia
Elena Rial
Desde os fins do século XIX os massacres na América Latina começaram a
ser vistos como temas narrativos. Trataremos, neste ensaio, de rever
algumas delas e seus correspondentes históricos. Toxcatl,
Canudos, Uncia,
Cataví, La Patagonia, La Ciénaga, são protagonistas de ficções
cujas envolventes subvertem a História Oficial em uma dialética de
ortodoxia histórica, heterodoxia literária.
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Aproximación
teológico-lírica a "El Cristo de Velásquez" de D.
Miguel de Unamuno
Fidel
García Martínez
O presente artigo pretende apresentar uma análise
lírico-teológica de uma das obras líricas mais representativas do
genial D. Miguel de
Unamuno, que através de uma perspectiva íntima e pessoal se aproxima ao Cristo Crucificado para
expor com humildade suas dúvidas e angústias como homem dialéctico e
contraditório. Com verso
austero e às vezes duro, Unamuno um clássico representante da Generación
del 98 traduz em verso entusiasmado e inovador de tópicos e de retórica
toda uma experência lírica na qual o eu do autor e o eu lírico formam
uma síntese harmoniosa por
seu equilíbrio entre matéria poética e forma
expresiva.
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A
casa dos Espíritos: Narrativa Literária e Narrativa Fílmica
Maria
Thereza Venancio
O discurso literário
e o discurso fílmico se utilizam de instrumentos expressivos diferentes,
a palavra e a imagem, para contar o romance La casa de los espíritus, de
Isabel Allende. Os personagens são inseridos na narrativa fantástica,
quando o valor simbólico dos nomes se acentua.
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Imagens
da Revolução
Mexicana
Geysa Silva
Sem
ser romance histórico propriamente dito, a obra Mal
de amores, de Ángeles Mastretta, propõe
uma leitura livre do episódio da Revolução Mexicana, reinventando o
passado, preenchendo os vazios deixados pela história oficial. O
importante, sem dúvida, é a articulação que Mal de amores
realiza, através da integração palavra/imagem, com as obras de
Siqueiros e Rivera, conseguindo a re-semantização da Conquista e da própria
Revolução - possibilidade originada das relações entre a estrutura do
espaço visual e do espaço da escritura.
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Narrativa
Hispanoamericana del Siglo XX
Alexis Márquez Rodríguez
O
romance hispano-americano do século XX tem suas raizes no século XIX,
porque a divisão do tempo em séculos é convencional, e nem sempre as
coisas mudam totalmente quando saímos de um século e entramos em outro.
Mas o romance hispanoamericano do século XIX é pobre e incipiente, muito
embora existam romances e romancistas que, individualmente, têm muita
importância. A primeira geração verdaderamente madura de romancistas em
nosso continente hispano-americano pertence já ao século XX. Nela
florescem a novela modernista e a novela criollista, esta
conhecida também como novela regional ou novela de la
tierra. Nessa etapa há também mostras muito valiosas da novela
histórica.
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O
Gótico na Obra Picaresca de Ariano Suassuna: o Tribunal Celeste de Auto
da Compadecida
Suely
Reis Pinheiro
O
trabalho mostra a presença do estilo gótico na
adaptação da obra fílmica, Auto da Compadecida, do
escritor brasileiro Ariano Suassuna. Apontamos como o auto se faz eco das
tradições peninsulares, privilegiando a cena que
representa o Tribunal Celeste com a aparição da Virgem diante dos
pecadores, retomando assim uma antiga tradição do teatro cristão.
Suassuna consegue fundir ao legado cristão, os intuitos de crítica
social e folclore nordestino em uma mesma cena, que culmina com a compaixão
da Virgem Santa para com a alma do pícaro João Grilo.
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