HISPANISTA Vol XVI 61 Abril Mayo – Junio de 2015
Revista eletrônica dos Hispanistas do Brasil Fundada em abril de 2000
ISSN 1676
904X
Editora geral: Suely Reis Pinheiro
QUEM SOMOS
EDITORIAL
Vida&Poesia 

             Cântico para os sobreviventes

       Manoel de Andrade

 Relembrar 1964 será sempre hastear uma bandeira. É preciso relembrar sempre, para que a memória dos vencidos não seja destroçada pelo esquecimento. Os protestos foram sufocados, as canções silenciadas e os poemas escondidos nas gavetas. As sanhas foram desatadas, os punhos algemados e os sonhos proibidos. As tribunas foram derrubadas e a liberdade e a coragem esmagadas pelas esteiras dos blindados. E eis que surge a Resistência com sua bandeira de mil pátrias para tatuar na alma dos valentes o significado da esperança. E eram tantos os seus nomes e foram tantas as trincheiras e foram tantos os caídos. E ante tantas lágrimas e tantas utopias massacradas, a Poesia e a História da pátria saúdam os pássaros que partiram e os sobreviventes de tantas lutas abortadas..., e perguntam quando será revogado esse decreto e em que tribunal responderão enfim os acusados.    

ESTUDOS LINGUÍSTICOS

                  A expressão da dúvida no vernáculo da cidade do México: uma tendência à  mudança

       Júlio César Lima Moreira & Hebe Macedo de Carvalho

   Neste artigo expõem-se os resultados de pesquisa fundamentada nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista sobre o fenômeno variável de alternância subjuntivo/indicativo em orações independentes dubitativas na fala da Cidade do México. Pressupõe-se um cenário de mudança em progresso, onde a variante subjuntivo, vista como a conservadora, estaria sendo substituída pela variante inovadora indicativo, nos contextos assim previstos.

ESTUDOS LITERÁRIOS

                         As viagens científicas de Azara e Malaspina ao continente hispano-americano

 Alfredo Cordiviola & Mercia Paulino Nicolau da Silva

O Iluminismo difundiu uma maior liberdade política e econômica dos povos, e impulsionou os homens a realizarem expedições científicas em busca do saber e do conhecer. Alguns navegadores famosos dessa época, e que serão discutidos neste artigo, foram Félix de Azara e Alejandro Malaspina. Eles empreenderam navegações científicas para conhecer e entender o mundo americano.

 La sección femenina de la falange e assistência social na Espanha do primeiro franquismo

 Ismael Gonçalves Alves

As políticas sociais foram um ponto chave do Regime Franquista para manter sobre seu controle a classe trabalhadora espanhola. No entanto, estas medidas de proteção social apenas contemplavam a parcela da população que estava formalmente estabelecida no mercado de trabalho, significando que uma quantidade considerável de homens, mulheres e crianças estavam excluídos de tais benefícios sociais. Para toda esta gama de desafortunados, restava a velha fórmula da beneficência, da qual se encarregou a Sección Femenina de la Falange, que desde 1934 se dedicou a implantação de uma série de medidas sociais que visavam dirimir os impactos da pobreza sobre os mais necessitados, além de difundir a ideologia franquista e construir um arquétipo específico de feminino baseado na submissão, no catolicismo e na maternidade

Obras que aún tienen (mucho) que decir: perspectivas sobre el texto literario y sus relaciones con la cultura

           Isabel Abellán Chuecos & Éderson Luís Silveira

 O presente trabalho busca trazer reflexões sobre as relações entre literatura e cultura, para fazer pensar na multiplicidade de culturas existentes e as formas como se pode deprender isso a partir do estudo dos textos literários. Ao invés de perceber a cultura como um bloco monolítico, os estudos literários se abrem para perspectivas que busquem iluminar, como o farol de Alexandria, através da crítica, as obras estudadas, para mostrar como os textos são re-significados com o passar do tempo no encontro com sociedades e gerações, a partir do que Italo Calvino designou como clásico, enquanto todo texto que não terminou de dizer o que tinha para dizer.  

 

Pedro Páramo – vislumbres poéticos

                Celia Regina de Barros Mattos

Em dado  momento histórico,  Juan Rulfo, conduzido pelas mãos das ninfas, lança um olhar sobre o seu tempo que nos permite ler  Pedro Páramo sob duas perspectivas. Inicialmente, a proximidade da obra, nos fez cativos da forma -  a história de um latifundiário que é resgatado por seu filho de uma massa informe que habita Comala - a cidade fantasma, para cobrar-lhe, a pedido da mãe, o que lhes devia. Apesar das estratégias narrativas surpreendentes, a forma deixa marcados os seus limites. Por trás da superfície, no entanto, um trabalho de semeadura e espera de maturação que se gestava faz com que a forma, resgatando o seu sentido grego,   vire “morphe” e ecloda no não-limite da arte. A partir daí, as aberturas  e o assédio do texto tornaram inevitável a entrega ao universo da Poética.

La novela hispanoamericana de la dictadura: rasgos temáticos comunes

   Omar Aouini 

Destacamos neste trabalho quatro principais características comuns recorrentes nestes romances: a dicotomia entre história e ficção, a violência e  a repressão como normas de governo, as relações amorosas do ditador, e a presença das forças estrangeiras na política dos países latino-americanos. 

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