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A palavra ecoa pelos becos da vida: Cora Coralina, imagens, cheiros e cores na resistência social à exclusão |
Nome do Autor: Suely Reis Pinheiro |
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suely@hispanista.com.br |
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Palavras-chave: Resistência - salões - discriminação |
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Currículo: Doutora em Literaturas Espanhola e Hispano-Americana, pela Universidade de São Paulo-USP. Título da Tese: Carlitos: A Paródia Gestual do Herói. Mestre em Língua Espanhola e Literaturas Hispânicas, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Título da Dissertação: Garabombo: um pícaro politizado. Linha de pesquisa: Literatura e outras linguagens, com enfoque na Literatura Picaresca e na Paródia. Atualmente, pesquisa Literatura e Cultura Afrodescendentes. Seu universo de estudo também abrange algumas obras de pintura onde a paródia se faz presente. Seus artigos estão publicados em várias revistas no Brasil e no exterior. Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense e Diretora do website Hispanista e editora da revista Hispanista – primeira revista eletrônica dos hispanistas do Brasil. |
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Resumo: A exemplo das preciosas francesas que abrem seus famosos salões no século XVII, como forma de reivindicação de independência e de igualdade de direitos, Cora Coralina, se aventura nos salões da vida, garimpando contos, crônicas e poesia. Cora, como as francesas, sem o exercício da profissão, escreve por prazer e alcança o tom da “preciosité” literária, no que se refere à singularidade do “esprit précieux”. O ensaio faz apelo, ainda, aos estudos de Michelle Perrot, em Mulheres Públicas, para apresentar a poeta que sem sair do espaço privado, avança para o espaço público, liberando-se não só das amarras literárias do século anterior, mas fazendo da conquista da palavra escrita importante capital cultural na luta de resistência social à exclusão. Egressa do século XIX, que já vinha moldando nossa modernidade, com mulheres muito presentes, abrindo salões, criando jornais, entrando em sociedades secretas, a autora, em meio a quitutes e filhos, se livra da discriminação sócio-cultural e se inova na astuciosa verbalidade de poeta, contando, com seu discurso feminino e sinestésico, pleno de cor, de cheiro e de imagem da terra natal, fatos da brasilidade cotidiana. |
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Resumen: A ejemplo de las preciosas francesas que abren sus famosos salones en el siglo XVII, como forma de reivindicar independencia y igualdad de derechos, Cora Coralina, se aventura en los salones de la vida, cateando cuentos, crónicas y poesía. Cora, así como las francesas, sin el ejercicio de la profesión, escribe por placer y alcanza el tono de la “preciosité” literaria, en lo que se refiere a la singularidad del “esprit précieux”. El ensayo hace llamamiento, todavía a los estudios de Michelle Perrot, en Mulheres Públicas, para presentar la poetisa que sin salir del espacio privado, avanza hacia al espacio público, liberando-se no sólo de las amarras literarias del siglo anterior, sino conquistando la palabra escrita importante capital cultural en la lucha de resistencia social a la exclusión. Salida del siglo XIX, que ya venía dibujando nuestra modernidad, con mujeres muy presentes, abriendo salones, creando periódicos, entrando en sociedades secretas, la autora, en medio a manjares e hijos, se libera de la discriminación socio-cultural y se innova en la astuciosa verbalidad de poetisa, contando, con su discurso femenino y sinestésico, lleno de color, de olor y de imagen de la tierra natal, hechos de la brasilidad cotidiana. |
Home-page: www.hispanista.com.br |
Informações bibliográficas: Suely Reis Pinheiro. A palavra ecoa pelos becos da vida: Cora Coralina, imagens, cheiros e cores na resistência social à exclusão. In: Hispanista, [Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo362.htm |