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A Náusea |
Nome do Autor: Manoel de Andrade |
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manoelandrade2004@hotmail.com |
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Palavras-chave: 1965 – Ditadura – Guerra Fria |
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Currículo: Manoel de Andrade nasceu em Rio Negrinho, S.C. Na juventude radicou-se em Curitiba, formando-se em Direito. Procurado pela Ditadura pela panfletagem dos seus poemas fugiu do Brasil em 69. Percorreu 17 países da América, dizendo seus versos, dando palestras e promovendo debates sobre a importância política da arte e da literatura. Expulso da Bolívia em 69, preso e expulso do Peru e da Colômbia em 70, seu primeiro livro, Poemas para la libertad, foi publicado em La Paz, em 70, e reeditado na Colômbia, EE.UU. e Equador. Publicou também Canción de amor a la América y otros poemas, em 71, em El Salvador. Com Mário Benedetti, Juan Gelman, Jaime Sabines e outros grandes poetas do Continente, participou da importante coletânia Poesía Latinoamericana – Antología Bilíngüe, Epsylon, Bogotá,1998 e da antologia Próximas Palavras, Quem de Direito, Curitiba, 2002. Afastado da literatura por 30 anos, seu último livro, Cantares, foi publicado pela Escrituras, em 2007. Depois de 40 anos, seu livro Poemas para a liberdade , foi finalmente editado no Brasil em 2009, em edição bilíngue, pela Escrituras, e apresentado, em 2010, na 9ª Jornadas Andinas de Literatura Latinoamericana, pela Doutora em Literatura Hispânica Suely Reis Pinheiro. |
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Resumo: Em 1965, o mundo estava dividido pela Guerra Fria. A ameaça atômica pairava sobre a humanidade, e no Vietnã as bombas norte-americanas arrasavam florestas e aldeias. No Brasil, o tempo foi aquartelado, o povo silenciado e os bravos desterrados. O ano terminou com oitenta e quatro denúncias de torturas e três mortos vitimados pela ditadura militar. Foi neste trágico contexto que o poeta Manoel de Andrade transformou em versos sua indignação contra o muro de Berlim, o delito de Hiroshima e descreveu o tempo da pátria como um mandato de silêncio. Não se intimida diante do “ultraje dos decretos” e alça seu grito para cravar seu “escarro no pátio sangrento dos quartéis”. O poema “A náusea” é um libelo contra um mundo amordaçado pela “retórica paz dos tratados”, pelo medo e os pressentimentos. E, contudo, a despeito “da alienação e da descrença”, o poeta canta por um tempo semeado pela esperança. Sonha recrutar o amor e a liberdade para que a beleza possa um dia desabrochar no coração dos homens. Escrito em 1965, o poema “Náusea” é um ato de coragem e denúncia ante uma cultura cada vez mais reprimida. Seu desafio não foi apenas escrevê-lo, mas torná-lo público, como o único poema político contra a ditadura, declamado na Noite da Poesia Paranaense, realizada aquele ano no Teatro Guaira, de Curitiba, ao lado de mais treze poetas. |
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Resumen: En 1965, el mundo estaba dividido por la Guerra Fría. La amenaza atómica se alzaba sobre la humanidad y en el Vietnam las bombas norteamericanas diezmaban bosques y aldeas. En Brasil, el tiempo fue acuartelado, el pueblo silenciado y los valientes desterrados. El año terminó con ochenta y cuatro denuncias de torturas y tres muertos victimados por la dictadura militar. Fue en este trágico contexto que el poeta Manoel de Andrade transformó en versos su indignación contra el muro de Berlín, el crimen de Hiroshima y describió la patria como un mandato de silencio. No se intimida delante del "ultraje de los decretos" y alza su grito para clavar su "esputo en el patio sangriento de los cuarteles”.El poema "La náusea" es un libelo contra un mundo amordazado por la "retórica paz de los tratados", por el miedo y los presentimientos. Y, sin embargo, a pesar "de la alienación y de la incredulidad," el poeta canta por un tiempo sembrado por la esperanza. Sueña reclutar el amor y la libertad para que la fraternidad pueda florecer un día en el corazón de los hombres. Escrito en 1965, el poema "La náusea" es un acto de coraje y denuncia ante una cultura cada vez más reprimida. Su desafío no fue sólo escribirlo, sino hacerlo público, como el único poema político contra la dictadura declamado en la Noche de la Poesía Paranaense, realizada aquel año en el Teatro Guaira, de Curitiba, junto con más trece poetas. |
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Sobre
o texto: |
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Informações bibliográficas: Andrade, Manoel de. A Náusea. In: Hispanista, n. 49. [Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo378.htm |