HISPANISTA - Vol X
III - nº
50 - Julho - Agosto - Setembro
de 2012 ISSN 1676-904X |
Editora geral: Suely Reis Pinheiro |
QUEM SOMOS |
EDITORIAL |
Vida&Poesia |
Mariano Melgar: o primeiro peruano na literatura indigenista Manoel de Andrade Morrer aos 24 anos trazendo na alma o sonho da liberdade e o encanto da poesia… Como Castro Alves, no Brasil, assim também viveu e morreu Mariano Melgar, no Peru. Contudo, Melgar é a primeira referência latino-americana da palavra armada e desfraldada pelas convicções libertárias. Com ele se inaugura a expressão poética contra a opressão colonial. É poeta por predestinação, é rebelde por natureza. Procér e mártir na luta pela Independência, foi executado em 1815. Em janeiro de 1970, quando Manoel de Andrade chega em Arequipa, um dos locais onde é convidado a dizer seus versos foi o Centro Cultural Mariano Melgar. A partir desse encontro passa a estudar a obra do poeta dos yaravíes. Deslumbra-se com sua precocidade intelectual, com sua coragem libertária e por saber que Mariano Melgar é também o primeiro poeta peruano a expressar, na poesia, todo o imaginário panteísta do sentimento indígena. Neste artigo o poeta brasileiro conta como a poesia de Melgar foi vista com desprezo em seu próprio país e do tardio reconhecimento de sua genialidade.
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ESTUDOS LINGUÍSTICOS |
Lusismo y tupinismo en el corpus 'Documentos relativos a Brasil conservados en los archivos españoles '(ss.XVI-XVIII) Eliabe Procóbio, Fabricio Mota, Márluce Coan Este artigo tem por objeto descrever os lusismos e os tupismos presentes no Corpus Documentos relativos ao Brasil conservados nos arquivos espanhóis, analisá-los em quanto ao domínio semântico e trazer novos dados à história das línguas relacionadas com esta pesquisa: espanhol, português e tupi. |
ESTUDOS LITERÁRIOS |
Suely Reis Pinheiro Da Bahia saíram duas grandes mulheres em defesa do solo baiano e da pátria brasileira, Maria Quitéria e Soror Joana Angélica. Longe dos modelos delicados, remanescentes do Neoclassicismo, essas mulheres se afastam do estereótipo romântico, terno, sedutor da época que tinha espaço nas cenas de costume, de beleza e simplicidade da natureza, para revelar fortes cenas de objetivismo, de razão e de valentia. Joana Angélica se cobriu de hábito e fechou as portas do convento ao exército português. Para tal entregou sua vida, a mártir do solo baiano. E Maria Quitéria se despojou das flores e colores dos campos arcádicos para se cobrir de uniforme de soldado, recebendo, assim, por seus arrojos heroicos, o apelido de mulher – soldado. A iconografia a representa como una mulher travestida de homem, mas elegantemente vestida. Maria Quitéria consagrada como Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Com semelhantes ideais que se identificaram no comprometimento da política em favor da independência, tiveram, elas, o reconhecimento e conseguiram sair da invisibilidade pela luta em favor da liberdade, conquistando seu lugar na história, como símbolos de resistência. |
DIEGO LAÍNEZ: GENIO DE TRENTO Y ALMA DE LA COMPAÑÍA Fidel García Martínez Celebra-se o Vº Centenário do grande humanista, teólogo, Diego Laínez, segundo general da Companhia de Jesus e um dos intelectuais que mais influenciou na cultura ocidental desde o S. XVI ; alma do concílio de Trento tido como o momento mais importante da Reforma Católica. Este trabalho não pretende, muito menos, esgotar a rica e plural personalidade de Diego Láinez,e sim ser uma simples recordação de seus anos de estudante de Artes e de Teologia, que foram as sementes necessárias para seu grande labor como predicador, teólogo, o fiel seguidor de Ignacio de Loyola, a quem substituiu como segundo general da Companhia de Jesus, e que soube manter no fogo que prendera Santo Ignácio, abrindo novas possibilidades que deram um fruto importante, sem as quais não se poderia compreender o trabalho que hoje se incumbe a Companhia pelo Vigário de Cristo sempre nas fronteiras da Fé e da incredulidade, do desenvolvimento social frente à injustiça, no campo da cultura e da educação. |
José Veiga Viñal Junior Este artigo busca levantar reflexões em relação ao ensino do espanhol no Brasil, tendo como base as recomendações estabelecidas pelos PCNs de Língua Estrangeira que estabelecem o foco na compreensão leitora em detrimento de outras habilidades. Este trabalho propõe também uma análise mais crítica em relação à formação do aluno brasileiro, principalmente o aluno da escola pública e as possíveis consequências de um ensino centrado exclusivamente em uma só destreza comunicativa, promovendo assim uma observação de como as incoerências contidas e defendidas por esse manual feito pelo próprio Ministério da Educação podem promover um processo de desigualdade. |
WEBLÍNGUA |
Cómplice, disposicionero, chácara Alexis Márquez Rodríguez O autor apresenta uma série de pequenos artigos em que estuda elementos da linguagem. |
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