Conciencia
de América en Alejo Carpentier
Aimée Gonzales Bolaños
O
presente artigo apresenta uma leitura comparativa de dois textos,
“Conciencia e identidad de América” (1975) e Concierto barroco
(1974). Assim debruço-me no discurso carpenteriano, tanto ensaístico
como narrativo, de coerência profunda, a par de expressivas dissonâncias.
Nesse contexto destaco dois centros medulares que definem a consciência
da América de Carpentier. Os textos tematizam a transculturação que
acontecem no continuum da cultura americana. A seguir estudo a idéia
carpenteriana do Homem-História. Desse modo a consciência da América
está unida a uma dimensão humana, à análise dos sujeitos históricos
indagando em si mesmos y dando conta de uma multifacetada formação
pessoal, que tem no seu centro a vivencia apaixonada da história como
coordenada de grande abrangência na que tentamos deixar as nossas
marcas.
|
La encenación del Tenorio: de la
Tramoya a la cibernética
Ester
Abreu Vieira de Oliveira
Com
os conceitos da Post-modernidad, procuramos identificar os recursos cenográficos
contraditórios: um clássico e o outro supermoderno.Se o título propõe,
por um lado, uma contradição, por outro lado, a obra corpus
deste estudo traz como novidade elementos paródicos intertextuais, rupturas
de fronteiras na variedade de nível de gêneros e a desmitificação e
ironia na idealização do mito do Tenório.A volta ao passado que busca não
é para recuperá-lo com nostalgia, mas para repensar parodicamente a
teatralidade no teatro e a permanência da filosofia donjoanesca na arte
dramática. Tudo isso nos leva a pensar que o Tenório que apresenta é um
personagem e/ou um mito pos-moderno.
|
Una década
de novela española (1975-1985)
Fidel García Martínez
A
narrativa da Espanha do final do século XX sofreu uma
modificação na sua temática e nas suas formas de narrrar. Houve um
corte com a tradição anterior. Já não se trata mais do passado, mas
do presente simultâneo o que interessa ao narrador. A tendência
à introspecção, subjetividade e autobiografia é uma constante
em tais escritores. Do experimentalismo das décadas anteriores se passa
ao egocentrismo narcisista narrativo, o que veio a se denominar de
privatização do romance.
O narrador cede quase totalmente a palavra a seus personagens fictícios
favoritos, prolongação de seu próprio eu: são estes os personagens
intermediários entre os estados de ânimo do autor e do leitor.
|
Polifonia
em Garabombo, el invisible, de Manuel Scorza
Suely Reis Pinheiro
O
texto analisa as vozes que atuam no romance Garabombo, el invisible, de
Manuel Scorza, possibilitando o discurso polifônico, através de
sua multiplicidade e de consciências independentes e emissivas. Assinala
o riso utilizado como recurso para mostrar a mudança de poderes e da
ordem estabecida na orgiástica inversão de papéis. Entroniza seres
periféricos e anônimos e muda a realidade quando dá aos animais voz e
vez, para revelar preceitos da sabedoría dionisíaca, dos triunfos desgraças
dos homens, na clarividência dos animais. Resgata o mágico, aponta a
presença da linguagem mítica e maravillosa no Peru, com lendas, o profético,
os prodígios, a alquimia. Abriga, pois, um mundo polifônico onde há
igualdade entre o discurso do autor e o das outras vozes, como
participantes do diálogo carnavalesco.
|
Semejanzas
entre Ana Caro Y Tirso de Molina
Beatriz
Villarino Martínez
Ao
longo da história não somente houve grandes escritores, as mulheres,
embora na sombra algumas vezes disfarçadas de homens, deram
importantes contribuições à literatura, prova evidente disso é a obra
de Ana Caro, que nada tem a dever aos consagrados do Século de Ouro.
Neste artigo tratamos de estabelecer a semelhança entre a obra de Ana
Caro e Tirso de Molina.
|