HISPANISTA
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Vol XV
– nº
58
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Julho
–
Agosto
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Setembro
de 2014
Revista eletrônica dos
Hispanistas do Brasil
– Fundada em abril de 2000 ISSN 1676 – 904X |
Editora geral: Suely Reis Pinheiro |
QUEM SOMOS |
EDITORIAL |
Vida&Poesia |
Manoel de Andrade A expressão estética, na representação da contemporaneidade, deve refletir, entre tantas motivações, o desamparo da natureza ante a ambição e a inconsciência humana. Nesse sentido, é imprescindível colocar a sustentabilidade no simbolismo e no discurso da arte e da literatura, como bandeiras de denúncia, testemunho e de esperança de redenção ambiental. O poema AMAZÔNIA traz aqui um exemplo eloquente dessa tentativa. Seja pelo encanto ou pelo desencanto, nele está colocada toda a dimensão da beleza e da tragédia por que passa o maior bioma tropical do mundo: a floresta amazônica, na sua imensa significação da vida. Nestes versos estão conjugados suas flores, seus frutos, e seus remédios. Seus rastros, seus cantares e seus mistérios. Mas também suas veias abertas, suas feridas e seu grito inaudível. Assim como seus saqueadores, seu corpo destroçado e seu lento e patético holocausto. |
ESTUDOS LINGUÍSTICOS |
La fuente deónica en lengua española: un análisis funcionalista en editoriales, artículos de opinión y webcomentarios Nadja Paulino Pessoa Prata & Maria de Fátima de Sousa Lopes & André Silva Oliveira & Victória Glenda Lopes Batista O presente trabalho tem como objetivo analisar o uso dos tipos de fonte deôntica em três gêneros textuais de caráter argumentativo (editorial, artigo de opinião e webcomentário), atentando para as relações entre fonte e gênero na construção discursiva e na expressão da subjetividade em língua espanhola. Além disso, com base na análise do corpus, tentamos estabelecer um continuum de subjetividade do enunciador. |
ESTUDOS LITERÁRIOS |
El Caballero de Olmedo: razão e paixão; amor e morte no século de ouro espanhol Ester Abreu Vieira de Oliveira A tragicomédia de Lope de Vega El Caballero de Olmedo, organizada em três atos com 14 personagens, segundo estudiosos do Teatro do Século de Ouro, possivelmente escrita em 1620, é uma das mais representadas obras desse dramaturgo e de mais beleza lírica. Nessa obra o Amor e a Morte entrelaçam-se devido a um triângulo amoroso que se forma com três membros da nobreza — Rodrigo, Inés e Alonso — e que destaca competitivos valores masculinos. A inveja e o ódio rompem com a paixão, desencadeada no primeiro ato entre os protagonistas Alonso e Inés, e provocam a presença de Tanatos no caminho que vai de Medina (o Amor) a Olmedo (a Morte). Essa obra tem o amor como tema central e como ponto de arranque um tema histórico, ocorrido no século XVI, quando foi assassinado Juan de Vivero, cujo pivô foi o ciúme por Elvira Pacheco. |
Cinema e outras artes: a intertextualidade em Carlos Saura Fábio Marques de Souza & Cristina Bongestab Neste texto, tomando o cinema como arte, entretenimento, mediador e prática social e levando em consideração que em nossa contemporaneidade estamos submersos em imagens, sons e movimentos; traçaremos algumas reflexões acerca do exercício da competência intertextual e ilustraremos com as obras do cineasta espanhol Carlos Saura. |
Abraço transcultural na fiçção de Darcy Ribeiro e de Manuel Scorza Maria Aparecida Nogueira Schmitt Na pós- modernidade a interpenetração cultural desconstrói a heterogeneidade radical em troca de aproximações ideológicas em que o dialogismo nutre a utopia da inclusão. Uma vez ampliadas as fronteiras pátrias por escritores irmanados no sentimento de “Nuestra América”, proclamado por José Martí, este artigo apresenta a integração da literatura brasileira na comarca intelectual latino-americana. |
O rei trovador, a rainha santa e o caminho de Santiago Maria do Amparo Tavares Maleval É sabido que D. Dinis, rei de Portugal de 1279 a 1325, foi não só um excelente administrador e promotor cultural, mas um dos mais fecundos e originais poetas do Trovadorismo galego-português. Sua virtuosa mulher Isabel, por seu turno, voltada para a caridade e outras práticas necessárias à ascese espiritual, foi reconhecida como santa pela Igreja, constituindo, por seu desprezo pelos prazeres materiais, um visível contraponto do marido. Pretendemos, com base principalmente nas crônicas medievais e em poesias que se referem às suas vidas, observar-lhes certas peculiaridades, bem como a relação que tiveram com o fenômeno religioso-cultural mais significativo do Ocidente medieval – tal seja, a peregrinação à basílica de Santiago de Compostela. Caminho de depuração espiritual, serviu não apenas aos anseios dos religiosos como a Rainha Santa, mas proporcionou ao Rei Trovador, e a todos os demais poetas coevos, uma enriquecedora interação com a herança poética occitana, veiculada pelos muitos artistas que circulavam pelos Caminhos jacobeus. |
A mulher de Salomão em A demanda do Santo Graal: a personagem silenciada Pedro Carlos Louzada Fonseca & Alessandra Conde Este estudo pretende seguir os rastros míticos da mulher de Salomão em A demanda do Santo Graal, edição de Irene Freire Nunes (2001), cotejando-a, quando necessário, com a versão espanhola La demanda del Sancto Grial con los maravillosos fechos de Lanzarote y de Galaz su hijo, edição de Adolfo Bonilla y San Martín (1907). O entendimento dos rastros será fornecido pelo episódio de “la nef merveilleuse” de La queste del Saint Graal (1923), texto da Vulgata, em que a mulher de Salomão é protagonista. Para tal, buscar-se-á o entendimento de que a personagem foi silenciada nos textos ibéricos, mas não esquecida. |
WEBLÍNGUA |
Alexis Márquez Rodríguez O autor apresenta uma série de pequenos artigos em que estuda elementos da linguagem. |
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