HISPANISTA Vol XX 76  Janeiro Fevereiro Março de 2019

Revista eletrônica dos Hispanistas do Brasil Fundada em abril de 2000
ISSN 1676
904X

Editora geral: Suely Reis Pinheiro
QUEM SOMOS
EDITORIAL
Vida&Poesia 

          O barco da memória

        Manoel de Andrade

Os barcos da infância, os remos incansáveis em busca do amanhã..., e agora, no crepúsculo da vida,a memória incontida daquele relicário, território de todos os possíveis.A brisa no meu rosto, o rumor da espuma se espraiando, as velas voltando, a infância em meus braçose em cada gesto uma sílaba antecipada deste canto.                                                             

ESTUDOS LINGUÍSTICOS

La tira cómica en el aula de e/le: propuesta para la enseñanza de la variación lingüística en las formas de tratamiento a alumnos brasileños 

Valdecy de Oliveira Pontes & Naiara Farias de Araújo

Este trabalho tem como objetivo elaborar atividades com quadrinhos que abordem a variação linguística diatópica e diafásica no uso das formas de tratamento da língua espanhola a estudantes brasileiros do ensino médio. Como resultado, apresentamos uma proposta de atividades que aborda a distinção entre os pronomes de tratamento (tú/vos),utilizados na Península Ibérica (Espanha - zona castellana)e na Argentina.

ESTUDOS LITERÁRIOS

El camino hecho por Vicente Huidobro hacia el creacionismo

                                                 Cristiane Lucia da Silva

Este trabalho tem como objetivo analisar a carreira literária de Vicente Huidobro desde as escolas literárias como o Romantismo (quebra com o padrão culto), Simbolismo (supera o nível de significado e funciona todos os sentidos dos leitores) e o Modernismo (renova as expressões), até sua chegada triunfante ao Criacionismo, na qual ele estabeleceu seu estilo e criou sua própria vanguarda.

Intersecciones entre el historiográfico y el literario en Mario Vargas Llosa

 

   Cristiane Navarrete Tolomei & Fábio Marques de Souza & Francisco Vítor Macêdo Pereira

Apresentamos uma discussão das intersecções entre o historiográfico e o ficcional na obra El paraíso en la otra esquina (2003), de Mario Vargas Llosa. Nossa pesquisa se pautará na perspectiva comparativa na busca pela compreensão dos recursos narrativos com os quais o autor reescreve as biografias de Flora Tristán e de Paul Gauguin.

De una lectura intempestiva de la contemporalidad social. ¿ Qué queda para la lectura literaria ? 

 Ivana Ferigolo Melo

Neste trabalho, busca-se realizar uma leitura contemporânea – atribuindo ao termo contemporâneo o sentido dado por Agamben (2009)- de alguns aspectos sobressalientes da sociedade ocidental dos albores do século XXI e de seus possíveis efeitos para os seres humanos e, principalmente, para o exercício da leitura, mais especificamente a literária.

Octavio paz: una visión del chiismo y la revolución iraní

Omar Aouini

O Oriente ocupa um posto sumamente relevante no fazer literário de Octavio Paz, desde a poesia árabe clássica e o sufismo de Ibn Arabí, até a India, Yemen, e a revolução iraniana. O objetivo deste trabalho, portanto, consiste em indagar na obra do nobel mexicano para destacar sua visão acerca de duas questões relativas ao Irá: a identificação do chiismo, e sua revolução que representou um acontecimento único na segunda metade do século XX. Paz reflexiona sobre a essência do chiismo, sua relação com a doutrina sunita, e seus fundamentos teóricos e doutrinais. No que se refere à revolução, tenta rastrear a reforma agrária e a política de modernização que levou a cabo o Sha, a luta entre a classe liberal iraniana e os partidários de Jomeini, e o conflito entre Os Estados Unidos e as novas autoridades do país.

 De un Sancho quijotizado a un Quijote sanchotizado: la amistad en  Don Quijote

       Rogério Back

 Tão antiga quanto as relações humanas está a amizade e esta condição está representada também nas obras literárias. Em El ingenioso hidaldo don Quijote de la mancha, encontramos dois personagens distintos que se enraízam em um só espirito graças ao poder da amizade. O presente ensaio abordarácomo pouco a pouco as almas de chefe e escudeiro se tornaram uma a ponto de um se ver refletido no outro

Etnografia surrealista: contribuições para pensar a pesquisa em educação

 Denise Marcos Bussoletti & Krischna Silveira Duarte &  Vagner de Souza Vargas

Este texto apresenta o método da Etnografia Surrealista e suas possibilidades de contribuição para a pesquisa em educação. Realiza a contextualização histórica na qual a etnografia aproxima-se do surrealismo, na década de 1920, como resultado de uma estética do pós-guerra, que se caracteriza pela sobreposição de realidades aparentemente desconexas. Capaz de estimular o “desordenamento” das normatizações que acomodam o pensamento no sentido de investigar novas formas de acesso ao conhecimento, a Etnografia Surrealista é apresentada como estratégia de pesquisa que permite pensar Pedagogias Outras.

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