HISPANISTA - Vol X III - nº 48 - Enero - Febrero - Marzo de 2012
ISSN 1676-904X

Editora geral: Suely Reis Pinheiro
QUEM SOMOS
EDITORIAL
Vida&Poesia 

                    Nos Rastros da utopia                      

Manoel de Andrade   

Na década de 60 tudo estava no ar e bastava o compromisso de sonhar para que os caminhos se abrissem magicamente. Contudo nem todas as portas da realidade se abriram aos ideais e nem todos os visionários que lutaram por uma nova sociedade conseguiram sobreviver às suas trincheiras. O poeta Manoel de Andrade trilhou esse venturoso tempo pelos caminhos da América Latina, identificado com a história e as bandeiras revolucionárias desfraldadas pelo continente. Neste artigo ele faz uma reflexão sobre os sentimentos e as emoções que marcaram a agenda daqueles anos, dizendo da ventura de ter sido jovem nesse tempo e do desencanto de ver, atualmente,  as utopias desterradas. Fala-nos da trágica herança dos nossos dias, de um mundo sem norte, sem porto e de um tempo marcado pela perplexidade e os pressentimentos. Contudo, nesse impasse,  sua alma de poeta não abdica de sonhar, imaginando que a misteriosa dialética do  tempo nos reconduza a um amanhecer , aos territórios  da esperança e a um mundo possível e melhor.

  

ESTUDOS LINGÜÍSTICOS

             Imagens de si no discurso de professores de Espanhol Língua Estrangeira

   Leandro da Silva Gomes Cristóvão

O artigo apresenta breves considerações sobre a origem e a trajetória da prática discursiva dos concursos públicos para professor de espanhol como língua estrangeira da educação básica do Brasil e da França. 

ESTUDOS LITERÁRIOS   

Malinalli: a reconstrução identitária de uma personagem histórica 

                 Ana Cristina dos Santos & Renata Martuchelli Tavela 

Discussão da reconstrução identitária da índia Malinche, personagem histórico da Conquista do México, na obra Malinche (2006) de Laura Esquivel. Analisa-se como, através do conceito de metaficção historiográfica, a narrativa produz a tensão entre os discursos canônicos e periféricos com relação à figura de Malinche, resgatando essa personagem feminina ex-cêntrica, dando-lhes voz e identidade e, consequentemente, reconstruindo o discurso historiográfico oficial espanhol e hispano-americano.

La parodia y su articulación en la obra de Marco Antonio de la Parra: King Kong Palace y La secreta obscenidad de cada día

                  Ana I. Carballal

A paródia no teatro de Marco Antonio de la Parra, King Kong Palace e La secreta obscenidad de cada día, não parte da imitação de outro texto senão que é bem mais aberta. De la Parra recolhe acontecimentos, situações da vida real e organiza uma montagem. Dentro desta montagem, escolhe personagens da cultura popular: Tarzán, Mandrake (2), inclusive Marx e Freud, despoja-os de seus rasgos mais característicos e coloca-os num ambiente fechado e estranho em onde acabam por perecer pelo irremediável e contínuo passo do tempo. É este contínuo devir e, ao mesmo tempo, sua incapacidade para adaptar-se às novas formas poéticas e sociais, o que faz da obra uma paródia, uma peça única que rompe com os vínculos do passado para abrir novas expectativas para o futuro.

Dos poetas frente a frente: Ernestina de Champourcin y Rosalía de Castro

Magdalena  Aguinaga Alfonso

 No nº XIV, da revista mensal, Hora de España de 1938, publicava Ernestina de Champourcin (1905-1999), uma das poucas vozes femininas da Generação de 27, um interessante artigo dedicado a rememorar Rosalía de Castro por motivo de seu centenário ocorrido no ano anterior (1837-1937). Nele, a autora vitoriana de nascimento mas madrilenha de vivência, a ponto de ir para o exílio mexicano com seu marido o também poeta, Juan José Domenchina, dedicava uma elogiosa resenha à escritora galhega que reproduzimos por seu interesse e talvez por ser pouco conhecido entre o grande público de leitores de ambas poetas.

Juana I en el exilio del franquismo

María Dolores Aybar Ramírez

La reina Juana I se construye discursivamente a partir de las crónicas de sus contemporáneos. Olvidada durante siglos, reaparece en el romanticismo francés y español. La Juana del franquismo estipula intensa intertextualidad con la Juana de la tradición decimonónica. Este texto indaga, con base en Doña Juana la Loca, de Gómez de la Serna, y Juana inventó la noche, de Martín Elizondo, la intertextualidad compleja entre la Juana del franquismo y la Juana de los exiliados.

        Problemas da pós-modernidade: a diluição do herói na literatura hispânica

 Taiana Cristina da Rocha Braga

Este artigo tem como objetivo apresentar a questão do herói e a diluição de tal personagem nas literaturas hispânicas contemporânea. Para tal, será realizada uma breve análise da atuação de tal figura nas obras: Coto Vedado, Una sombra ya pronto serás, Cicatrices e 2666. O que se pretende é mostrar como tal personagem vem perdendo a centralidade nos romances de língua espanhola.

WEBLÍNGUA

                      Genéricos

Alexis Márquez Rodríguez 

O autor apresenta uma série de pequenos artigos em que estuda elementos da linguagem. 

 
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